Dos 23 pacientes internados na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP) , nove estão contaminados por bactérias. Os nomes dos pacientes estão em uma lista divulgada por funcionários do hospital. Segundo um funcionário, que não quis se identificar, aqueles que deveriam ficar isolados dividem o mesmo espaço com outros doentes.
Além disso, os servidores estariam trabalhando sem proteção. O funcionário afirma que faltam capas adequadas, máscaras, luvas, soro fisiológico, seringas e até medicamentos como dipirona. “Existem vários pacientes com infecção, junto, no mesmo leito com outros pacientes. Assim como na UCI (Unidade Cardiológica Intensiva), eles também não têm medicamentos e estão todos juntos e isso causa também risco ao profissional de pegar aquela bactéria”.
De todos os pacientes infectados na UTI do HGP, apenas três estariam recebendo medicamentos para o controle das bactérias. Segundo os servidores, eles só conseguiram porque entraram na justiça.
A Secretária Estadual de Saúde, Vanda Paiva, disse que não há problemas de abastecimento nos hospitais. “Está normal, regularizado. Sempre há uma demanda maior por algum item, às vezes falta um ou dois dias, mas o abastecimento é reposto normalmente.”
Mas, o pai da dona de casa, Jeovana da Silva, não recebeu medicamento nem com decisão judicial. Ele tem 76 anos de idade e está internado desde o dia 15 de julho. Ele teve complicações depois de uma cirurgia no coração.
A primeira ordem judicial determinando que o estado fornecesse o medicamento ao paciente saiu no dia 26 de julho. Nesta sexta-feira, 9, a justiça encaminhou uma nova notificação para a Secretaria de Saúde. Mas, os remédios que ele usou até agora, foram comprados pela própria família. “Consegui através de um hospital do estado do Piauí. Este hospital aqui (HGP) tem capacidade para tudo, mas eles não soltam dinheiro. A culpa é do Estado”, diz a dona de casa.
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