29 agosto 2013

TOCANTINS: crise na Segurança provoca greve de policiais civis

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O Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol) deflagrou, por tempo indeterminado, greve da categoria em todo Estado, após assembleia geral realizada nesta quarta-feira, 28. A partir da próxima segunda-feira, 2 de setembro, parte dos serviços oferecidos pela Polícia Civil deve parar. Segundo a presidente do Sinpol, Nadir Nunes, apenas serviços de flagrantes e considerados essenciais vão funcionar durante a greve.
Ontem, o governo do Estado ofereceu proposta de concessão de benefícios aos policiais, mas que foi recusada pela categoria, que realizou protesto durante a tarde no centro de Palmas até a Assembleia Legislativa.
”Nas unidades policiais apenas flagrantes serão registrados. Não haverá operações especiais, nem cumprimento de mandados de prisão. No IML [Instituto Médico Legal] apenas exames cadavéricos serão feitos e apenas casos de identificação criminal serão realizados”, detalhou a presidente. Nadir ainda ressaltou que todos os servidores estão sendo orientados a comparecer nos locais de trabalho mesmo sem realizar os serviços. “Para bater o ponto e evitar represálias”, disse.
A greve foi deflagrada porque a categoria não aceitou todos os itens das propostas apresentadas pelo governo do Estado. “Os servidores não só querem receber as progressões, mas também o retroativo. Nós queremos a revogação da cessão dos policiais para servirem como agentes penitenciários. Juntamente com tudo isso nós reivindicamos melhores condições de trabalho”, afirmou. A categoria estava em indicativo de greve desde o último dia 15 de agosto, quando deu prazo de até ontem para que o governo atendesse suas reivindicações.
Situação
A imprensa vem mostrando a falta de condições de trabalho enfrentada pela categoria. As reportagens vem mostrando que grande parte dos reagentes estava vencida, não havia câmara de balística, luvas e máscaras e faltava até papel para impressão de laudos. Os problemas vão da falta de estrutura à de pessoal.
Nadir ressaltou que o governador do Estado, Siqueira Campos (PSDB), o secretário da Administração, Lúcio Mascarenhas, e o secretário da Segurança Pública, José Eliú, já foram notificados sobre a greve. “Hoje eu devo protocolar ofício no Tribunal de Justiça do Tocantins, no Ministério Público Estadual e na Defensoria Pública do Estado”, disse.
Governo
A proposta do governo prevê a concessão de promoção horizontal a 225 servidores e vertical a 516 trabalhadores. A concessão dos benefícios ocorreria a partir de 1º de janeiro de 2014, sendo que o projeto de lei seria enviado à Assembleia Legislativa até o dia 12 de setembro. No entanto, para que fossem cumpridas as propostas, os profissionais teriam que abrir mão dos pagamentos retroativos correspondentes a 2012 e 2013.
Em nota da Agência Tocantinense de Notícias (ATN), o governo voltou a prometer a abertura de um concurso público da Polícia Civil, mas não estipulou data para a realização do certame, que deve abrir cerca de 300 vagas na categoria. Sobre a greve, a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública afirmou que o governo está aberto a negociações com a categoria sobre os pontos divergentes.
Greve
Os policiais civis deflagraram greve ontem. Entre as reivindicações estão o concurso da Polícia Civil, melhores armamentos e viaturas, renovação na estrutura física das unidades policiais e volta dos policiais que foram cedidos à Secretaria da Defesa Social para exercerem a função de agentes penitenciários. Ontem, a categoria realizou uma manifestação que percorreu a Avenida JK até a Assembleia Legislativa. (JT)

Fonte: Folha do Bico - Postado por Agência Araguaia CAPC em 29 de agosto de 2013 em Tocantins

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