06 junho 2014

Brasil tem 11% dos assassinatos do mundo, diz ONU; Norte e Nordeste lideram

Do UOL, em Maceió 10/04/201413h29 Atualizada 10/04/201418h56

Um estudo sobre assassinatos no mundo, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Escritório da Nações Unidas sobre Drogas e Crime, em Londres, aponta que o Brasil registra 11,4% do total de mortes do planeta.
Segundo o estudo da ONU , 437 mil pessoas foram mortas em 2012 no mundo; desses, 50.108 foram no Brasil. As maiores taxas de homicídios no planeta estão na América Latina e África.
O levantamento relata preocupação com o crescimento dos casos no Norte e Nordeste do país.
Segundo o texto, a taxa média de homicídios brasileira -- 25,2 por cada 100 mil habitantes-- é quatro vezes maior que a mundial, que ficou em 6,2 para 100 mil. 
Honduras registrou a maior taxa, de 90,4. Na América do Sul, o ranking é liderado pela Venezuela (53,7 por 100 mil), seguido por Colômbia (30,8) e Brasil.
Os dados mundiais apontam que 80% das vítimas de homicídio são homens, que também são os assassinos em 95% dos caso.
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Relembre crimes e julgamentos brasileiros famosos56 fotos

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O jornalista Tim Lopes, da TV Globo, ganhador do Prêmio Esso em 2001 pela série "Feira das drogas", veiculada no Jornal Nacional, foi sequestrado, torturado e morto por traficantes em 2 de junho de 2002 Leia mais 07.06.2002 - Reprodução/TV Globo
"Mais da metade das vítimas de homicídios têm menos de 30 anos de idade, com crianças menores de 15 anos de idade representando pouco mais de 8% de todos os homicídios", aponta o estudo.

Falsa estabilidade

O relatório cita o Brasil como "um bom exemplo de estabilidade na taxa de homicídios", mas afirma que os números vem "disfarçando disparidades regionais."
Os dados brasileiros usados como referência para o estudo são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que aponta Alagoas como o Estado mais violento do pais, com taxa de homicídio de 76,3 por cada 100 mil habitantes --se fosse um país, seria o segundo mais violento do mundo.
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Crianças e adolescentes vítimas de violência14 fotos

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Kerolly Alves Lopes, 11, foi baleada na cabeça em uma pizzaria na Vila Alzira, em Aparecida de Goiânia, no dia 27 de maio de 2013, após uma discussão envolvendo o pai dela e o proprietário do estabelecimento. Sinomar Lopes, pai da garota, havia ido ao local para reclamar da entrega de uma pizza, numa confusão que havia começado dois meses antes. O dono da pizzaria, George Araújo de Souza, 24, sacou uma arma. Kerolly e a irmã tentaram convencer o pai a sair do local. A criança acabou sendo baleada quando entrou na frente do pai Leia mais Reprodução/ TV Anhanguera
"Apesar de a taxa de homicídios pouco ter mudado ao longo dos últimos 30 anos, houve mudanças significativas nos seus diferentes estados. As taxas de homicídio caíram nos Estados e cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, mas eles têm subido em outras partes do país, especialmente no Norte e Nordeste", destaca.
O exemplo de crescimento da violência nas duas regiões está na alta de taxa de homicídios, que subiu quase 150%, entre 2007 e 2011, nos Estados da Paraíba e Bahia.
A única exceção à tendência de crescimento nas duas regiões é Pernambuco, "que experimentou uma diminuição da sua taxa de homicídios durante esse período de tempo, embora ele ainda está em um nível elevado."

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