Proteção na rede
Senhas bem elaboradas, antivírus atualizado e bloqueio de tela são algumas das armas recomendadas por especialistas
por Camila Nunes 21/06/2014 | 10h04 - De ZH Tecnologia
Foto: Gabriel Renner / Arte ZH
Cada vez mais brasileiros se rendem aos smartphones. Em 2013, foram vendidos 35,6 milhões de aparelhos, o que deixou o país na quarta colocação no ranking de maiores mercados para esse produto. Por trazer tantas funcionalidades, os telefones multifuncionais exigem cuidados de seus proprietários para que não fiquem vulneráveis a aplicativos maliciosos. Também há o risco de perder o aparelho – ou até mesmo ser vítima de furto.
Não utilizar antivírus ou deixar os arquivos privados desprotegidos de senhas fortes são alguns dos descuidos mais comuns. Para quem mantém redes sociais ou e-mails conectados e com senhas salvas, é importante configurar o dispositivo para bloquear a tela após algum tempo sem uso.
Confira as dicas de especialistas para deixar seus dados em segurança no smartphone.
- A primeira dica básica é instalar um bom antivírus. Mas como saber se o software é confiável? Luciano Ignaczak, professor do curso de Segurança da Informação da Unisinos, explica que, geralmente, as principais empresas que desenvolvem antivírus para computadores também criam aplicativos voltados para smartphones. Um bom critério para saber se a reputação do antivírus é positiva é conferir nas páginas dos desenvolvedores os comentários dos próprios usuários e o número de downloads.
-Se você costuma guardar arquivos privados em seu aparelho cuja visualização por outras pessoas pode trazer algum tipo de transtorno, o recomendado é criptografar esses dados. Mas que diabos significa isso? Existem aplicativos que alteram o conteúdo de um arquivo, seja um texto ou uma imagem, deixando-o ilegível por terceiros. Procure instalar aplicativos de criptografia que tenham como origem uma empresa reconhecida, pois caso o programa que você instalar tiver alguma falha, todos os seus dados podem ser perdidos. Em casos como esse, pode ser importante procurar orientação junto a profissionais que trabalham na área de segurança da informação para não correr riscos.
-Configure seu smartphone para ser bloqueado sempre que passar um tempo sem uso. Crie senhas fortes, não associadas a informações pessoais, como data de aniversário ou endereço.
Uma combinação de letras, números e caracteres especiais é uma boa alternativa.
-Não utilize a mesma senha para todos os aplicativos – outra regrinha que, apesar de antiga, muitos não observam. Não alterar as senhas é um convite para aplicativos maliciosos.
-Instale em seu smartphone aplicativos que permitam o monitoramento remoto de dispositivos móveis. É recomendável também que você faça uma cópia de segurança (backup) de tudo o que está no aparelho. No caso de perda ou roubo do celular, por exemplo, é possível destruir ou bloquear à distância os dados contidos nele.
-Dispositivos como o GPS auxiliam na localização do smartphone em caso de perda ou roubo. Caso ocorra furto ou roubo, é aconselhável também registrar um boletim de ocorrência na polícia. Quem não tem instalados aplicativos de acesso remoto ao celular pode comunicar à operadora o roubo do smartphone. Através do Imei, um código único que identifica cada aparelho, as empresas notificam a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que faz o bloqueio do dispositivo. Mas atenção: para que as operadoras localizem o Imei de seu smartphone, é preciso que você tenha em mãos a nota fiscal de compra.
-Ao usar o smartphone conectado a redes públicas ou compartilhadas de wi-fi, tenha certeza de que a conexão é confiável. Hackers maliciosos podem criar redes falsas para roubar seus dados pessoais. Antes de logar, converse com o responsável pela rede. Após se conectar, o próprio aparelho vai lhe mostrar o nível de segurança daquela conexão.
-Não responda e-mails com dados pessoais ou bancários. Apesar de ser uma armadilha antiga, muitas pessoas ainda não tomam esse cuidado.
-Atenção na hora de fazer downloads de aplicativos. Utilize as lojas oficiais ou as que você tenha certeza da confiabilidade.
Fontes: Luciano Ignaczak, professor da Unisinos, e Marco de Mello, consultor em segurança digital
OPINIÃO: Antivírus no meu telefone? Não!!!
por Vanessa Nunes
Nos nove anos em que escrevo sobre tecnologia, segurança sempre foi um dos meus assuntos preferidos, mas a ironia é que não uso antivírus no dispositivo em que mais passo tempo, o meu telefone.
E não é por falta de opções ou de preocupação com os dados.
Com o boom das ameaças para smartphones, marcas que se tornaram famosas por seus antivírus para computadores correram para oferecer apps de segurança também para dispositivos móveis. Só que na hora de proteger o seu celular, há outras medidas mais úteis do que ter um antivírus.
Como um dos grandes perigos é ter o aparelho furtado ou perdido, apps como o Buscar Meu iPhone (da Apple) e o Gerenciador de Dispositivos Android (do Google) podem ser a sua salvação. Eles permitem localizar o aparelho e até apagar remotamente todo o conteúdo, evitando que seus dados caiam em mãos erradas. Outra medida que não deve ser ignorada é a exigência de senha para destravar o aparelho – ou então configurar recursos como o Touch ID (identificação via impressão digital no iPhone 5s) e o Face Unlock (reconhecimento facial no Android).
No caso específico de um antivírus, a necessidade varia mesmo de acordo com o tipo de uso do telefone. Por ser a plataforma móvel mais popular do planeta, o Android é o principal alvo de ameaças. No caso do iPhone, um antivírus faz mais sentido se você fez um jailbreak para baixar aplicativos por fora do controle da loja oficial da Apple. Mesmo assim, listei alguns apps de marcas bem conhecidas (confira no destaque ao lado). Baixe os aplicativos na loja de apps do seu smartphone.
Dicas de antivírus
- Norton 360 Multi-Device
-AVG
-Trend Micro
-Avast (só para Android)
-BitDefender (só para Android)
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