Esta foi a segunda vez que o grupo foi forçado a abandonar uma área pública
Raimunda CarvalhoDa Redação
Sem barracas, os 20 integrantes do Movimento Ocupa Palmas permanecem ao relento da Feira do Bosque desde essa sexta-feira, 9. Eles deixaram nessa sexta-feira, por volta das 11 horas, a Praça dos Girassóis onde estavam acampados desde domingo, 11. A ação de reitegração de posse proposta pela Procuradoria do Estado foi acatada nessa quinta-feira, 8, pelo juiz Sândalo Bueno Nascimento.
Esta foi a segunda vez que o grupo foi forçado a abandonar uma área pública. Na primeira, eles estavam acampados no canteiro central da mesma praça. Naquela vez, foi a Prefeitura de Palmas que conseguiu junto a Justiça a retirada deles.
Foto: Valério Zelaya
O grupo reivindica redução da tarifa do transporte público
De acordo com matéria publicada no site da Prefeitura de Palmas, o grupo de manifestantes tentou evitar o recolhimento dos objetos, mas foram contidos pela Guarda Metropolitana. Ainda conforme o site, alguns deles usaram palavras de ordem e estavam exaltados com a ação dos agentes públicos.
Contudo, Fred Cabral, um dos integrantes do grupo, negou a informação. “Pelo contrário, eles é que foram violentos. Jogaram todas as nossas coisas em cima dos carros, ou seja, nossas roupas, barracas, utensílios domésticos e faixas, ficou aqui somente aqueles livros e esta bandeira onde estamos deitados”, ressaltou Cabral, acrescentando que a equipe da GMP afirmou que iria “algemá-los” se permanecessem no local.
Segundo o integrante, a equipe foi "irredutível" e muito “violenta”. “Falamos que estávamos aqui dando continuidade ao nosso protesto e que se quisessem nos tirar teriam que ter uma a ação de reitegração de posse. Um deles pegou o Bruno e deu um mata leão nele. O Vitor estava conversando de boa com outro policial, mas o ele ficou nervoso e o empurrou. Nós temos tudo filmado. Eles dizeram que não podíamos filmar nada”, contou.
Determinação
Na sexta-feira, a oficial de Justiça, Samira Campos Feitosa, disse que juiz Sândalo Bueno Nascimento teria determinado que, como o Estado foi o requerente da ação, deveria providenciar um meio de transporte para que os ocupantes deixassem a área.
No entanto, havia especulações de que o governo do Estado teria sugerido que o grupo fosse levado para a Feira do Bosque. “O governo não autorizou nada disso, ele simplesmente disponibilizou os dois carros. Juntamos todas as nossas coisas e quando estavam nos carros, os motoristas perguntaram para onde queríamos ir e repondemos que queríamos ficar na Praça do Bosque. Foi decisão nossa”, afirmou Cabral, lembrando que o fiscal da Secretaria do Meio Ambiente, Paulo Cavalcante, teria afirmado que estava ali “exercendo o poder de polícia”.
Reivindicação
Ele disse que a principal reivindicação do grupo é a redução da tarifa do transporte público. “Queremos também o passe livre para estudantes. A presidente Dilma isentou imposto para diminuir a tarifa, então o governo municpal precisa cumprir a determinação”, disse
Multa
Os objetos recolhidos foram encaminhados para o depósito central da Prefeitura. Para retirá-los, os proprietários devem pagar multa que varia de R$ 50,00 a R$ 5mil, dependendo do dano causado. Os manifestantes permaneceram no local.
Fonte: Portal Cleber Toledo - 12/08/13 10h20
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