04 maio 2014

Taquaralto: Homem mata a ex-mulher com 12 facadas e alguns homens que trabalhavam perto nada fizeram para impedir

sexta-feira, 2 de maio de 2014 - De: Tocantins 24 horas

Foto publicada no T1

Crime abalou moradores do Setor Morada do Sol 2, em Taquaralto. Ex-marido mata Lucélia Salazar Ferreira, de 24 anos, com 12 facadas, na tarde desta sexta-feira, 2, por volta das 13h. O crime ocorreu em uma avenida do bairro.

Por Carlos Henrique Furtado

Lucélia que era vendedora ambulante, vendia milho assado na avenida Tocantins, em frente ao Baianão da Construção, e estava se dirigindo para seu local de trabalho na garupa de uma bicicleta quando ex-marido chegou de moto, desceu e deu um soco no condutor da bicicleta, e partiu para cima da mulher. Lucélia gritou pedindo socorro, e alguns funcionários de uma empreiteira, que colocavam cerâmica nas casas, viram tudo e ninguem "se mexeu", conforme depoimento de uma moradora.

O pedreiro assassino. Foto publicada no T1

Aproveitando-se da passividade de quem estava por perto, o pedreiro Francisco de Assis Alves, de 44 anos, esfaqueou a ex-mulher. Quando fugiu para um matagal próximo, um morador, que não quer ser identificado, pegou um facão e correu atrás do assassino, sendo o primeiro a impedir a fuga. Esperou a chegada da polícia militar que levou Francisco para a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), onde depois de confessar o crime, alegando ter sido traído, mas o que se comenta no bairro é que não aceitava o fim do relacionamento, foi autuado em flagrante pelo homicídio e conduzido à Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Choca o crime pelo motivo torpe e machista, mas a atitude de alguns homens que ouviram e viram o pedido de socorro de Lucélia, e não se "envolveram", e nada fizeram para impedir, choca ainda mais. Talvez seja o reflexo do ditado popular: "em briga de marido e mulher ninguem deve meter a colher". Uma pena que muitos ainda pensem assim.Ou então, estão "anestesiados" pela banalização da violência através dos veículos de comunicação, e veêm tudo apenas como mais um "espetáculo" ao vivo, que podem depois contar o caso como testemunha ocular.

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