30 de maio de 2014 - Folha do Bico
O ministro da Integração Nacional, Francisco Coelho Teixeira, recebeu nesta quinta-feira (29), em Brasília, prefeitos do arquipélago do Marajó e parlamentares da bancada federal paraense. O encontro aconteceu após inúmeras cobranças feitas pelo senador Jader Barbalho (PMDB) sobre informações da evolução do Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Arquipélago do Marajó, cujos investimentos chegam a cerca de R$ 2 bilhões na região. O ministro explicou que os recursos repassados para as ações previstas no Plano não estão sendo aplicados pelo Governo do Pará. Como exemplo o ministro citou o valor de R$ 10 milhões para o programa Água para Todos e o incentivo à cadeia produtiva do açaí que estão parados na conta da Secretaria de Agricultura (Sagri).
Francisco Teixeira explicou que o Ministério tem, desde 2012, um convênio com o Governo do Estado, no valor de R$ 21 milhões, para implantar o programa “Água para Todos” e que este convênio precisou ser prorrogado recentemente, por não terem sido executadas as obras. Segundo as palavras do ministro, já foram liberados R$ 10 milhões para a construção de 61 sistemas de abastecimento d’agua, para a população rural.
O recurso foi repassado para a Sagri, que deveria já ter concluído a construção dos sistemas de tratamento de água no ano passado, durante a gestão de Hildegardo Nunes, que deixou a secretaria em janeiro para disputar as eleições em outubro.
O encontro no Ministério da Integração foi solicitado pelo deputado federal Dudimar Paxiúba (PROS) ex-aliado de Jatene e que não poupou críticas ao governador. “O governo do Estado é irresponsável. Está comprovado que 10 milhões foram repassados pelo governo federal para atender a população carente do Marajó. O governador Jatene e seu governo são uma lambança, jogam para a torcida. Falam em obras que não existem, fazem um discurso preparado”, desabafou Dudimar.
Durante o encontro na sala de reuniões do Ministério da Integração, os representantes do governador Jatene, a presidente da AMAM (Associação dos Municípios do Marajó), Consuelo Castro e o secretário executivo da associação, Pedro Barbosa, tentaram reagir após a comprovação de que o dinheiro enviado para o povo do Marajó está parado. Mas acabaram sendo convencidos pela secretária de Desenvolvimento Regional, Adriana Alves, que apresentou os documentos que comprovam.
Pedro Barbosa depois de ter sido convencido pelos representantes do Ministério da Integração desabafou: “O Governo do Estado não têm competência para gerir esse Plano, ele é totalmente inoperante”, e foi em seguida apoiado pela presidente da Amam. “Tentaram justificar o injustificável. No final creio que até a própria Consuelo, que é aliada do Jatene, acabou se convencendo que, de fato, a falha é do próprio governo do Estado”, rebateu Dudimar Paxiúba.
( Diário do Para. Foto: Traso Saraf)
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