Graça Foster diz que Dilma não teria como saber do mau negócio da Petrobrás. Dados foram escondidos

27/05/2014 - Cenários do Tocantins

Para ela, a culpa toda é da administração que não apresentou 

todos os dados ao Conselho da Petrobrás

A atual presidente da Petrobrás, servidora de carreira da companhia, Graça Foster, isentou de responsabilidade a presidente Dilma Rousseff (PT) pela decisão de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Foster fez a mesma defesa apresentada pelo ex-presidente da empresa, Sérgio Gabrielli, e o ex-diretor da área de negócios internacionais da petrolífera, Nestor Cerveró.

De acordo com Graça Foster, a Dilma não teria culpa nenhuma, mesmo sendo ministra da Casa Civil e presidir o Conselho de Administração da Petrobrás, já que a responsabilidade é da diretoria que fez a apresentação dos dados que viabilizava a aquisição da refinaria ao Conselho de Administração.

- A responsabilidade é da diretoria que fez apresentação ao Conselho de Administração. Nos dois casos, houve responsabilidade do colegiado – afirmou Graça Foster.

Logo que as suspeitas de irregularidades foram levantadas pela imprensa, Dilma soltou nota alegou que a decisão da compra foi feita com base num documento falho, que omitira duas cláusulas importantes previstas no contrato: Marlim e Put Option.

De acordo com informações, o documento foi elaborado por Nestor Cerveró, que disse à CPI que o negócio seria fechado de qualquer forma, o que foi discordado por Graça Foster. Para ela, se o Conselho de Administração tivesse sido informado, “haveria uma boa discussão” sobre o assunto e talvez a transação não tivesse sido realizada.

A Put Option determinava que, em caso de desacordo entre os sócios, a outra parte seria obrigada a adquirir o restante das ações. A Marlim garantia à Astra Oil, sócia da Petrobras, um lucro de 6,9% ao ano.

A transação é alvo de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) devido a suspeitas de irregularidades.

(Com informações da Agência Senado de Notícias)