Vanessa Gonçalves | 24/02/2014 16:15
Nesta segunda-feira (24/2), a diretoria do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJSP) se reuniu para redigir um documento em defesa dos profissionais de imprensa, em resposta às agressões e prisões de repórteres e fotógrafos durante protesto contra a Copa do Mundo, no centro da capital paulista, no último sábado (22/2).
Crédito:Divulgação
Sindicato quer debater com o governador a crescente violência da PM contra a imprensa
De acordo com Alan Rodrigues, diretor executivo da entidade, o SJSP não aceita o pedido de desculpas emitido pela polícia com relação à violência contra a imprensa durante a manifestação. Em razão disso, exigem um encontro com o governador Geraldo Alckmin. "Queremos falar com o governador sobre a violência crescente da PM, comandada por ele, contra jornalistas nas manifestações desde o ano passado", diz.
Segundo o diretor do sindicato, a entidade entrou com mais de 20 processos contra o governo do Estado após jornalistas ficarem feriados após confronto com a Polícia Militar. Um desses processos diz respeito ao fotógrafo Sérgio Silva, que perdeu a visão do olho esquerdo após ser atingido por uma bala de borracha enquanto cobria uma manifestação.
"Exigimos que o governo nos receba para resolver essa crescente violência contra a imprensa. Mais de 100 jornalistas foram agredidos e não há nenhum PM punido, nem investigado. Isso demonstra de forma clara como o governo está tratando essa situação", aponta Rodrigues.
"Queremos falar com o Alckmin porque deixou de ser apenas um problema de segurança, mas de uma violência que está atingindo a imprensa. Se a PM quisesse punir os agentes envolvidos nos casos de agressão, era só pegar as imagens que foram fartamente divulgadas. Dá para identificar os policiais envolvidos", garante.
Além disso, Alan Rodrigues diz que o sindicato não aceita a proposta da PM de entregar coletes para a imprensa. "Não somos policiais, não aceitamos isso".
Kits de segurança
O diretor executivo ainda revelou que na próxima quinta-feira (27/2), a entidade fará uma mesa de discussão com a direção de diversas empresas de comunicação para debater a entrega de kits de segurança para os profissionais de imprensa.
Segundo Rodrigues, as empresas estão preocupadas em resolver a situação, mas o sindicato evita que os artigos de proteção sejam cobrados dos funcionários. "Isso deve ser um custo da empresa e não do trabalhador", garante.
(Portal Imprensa)
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