24/02/2014 13h16 - Atualizado em 24/02/2014 14h24
STF enviou mandado de prisão para a Polícia Federal no fim da manhã.
Delator do mensalão foi levado para superintendência da PF no Rio.
Do G1, em Brasília e Levy Gasparian (RJ)
Roberto Jefferson fala com jornalistas diante de sua casa em Levy Gasparian (Foto: Leonardo Lourenço/TV Rio Sul)
O ex-deputado Roberto Jefferson, delator do esquema do mensalão, foi preso no início da tarde desta segunda-feira (24) em sua casa, em Levy Gasparian, no sul do Rio de Janeiro, e depois conduzido para a prisão em um carro da Polícia Federal.
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 7 anos e 14 dias de prisão no julgamento do mensalão, Jefferson assinou o mandado de prisão às 12h21. Cerca de meia-hora depois, às 13h05, acompanhado de policiais federais, conversou com jornalistas em frente à casa onde mora. Em seguida, retornou para almoçar, e, às 14h, foi levado em um carro da PF para a superintendência da corporação no Rio de Janeiro.
O Supremo Tribunal Federal (STF) havia determinado a prisão na sexta-feira (21), mas a polícia aguardava receber o mandado com a ordem, o que ocorreu no fim da manhã desta segunda.
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Ao longo do fim de semana, agentes da Polícia Federal fizeram plantão em frente à casa de Jefferson.
O ex-deputado chegou a oferecer a impressora para os agentes caso precisassem imprimir o mandado de prisão.
No domingo (23) pela manhã, Jefferson saiu para um passeio de moto, que durou cerca de três horas e meia. Ao voltar para casa, disse aos jornalistas que estava "desfrutando" os últimos momentos de liberdade.
Mandado de prisão de Roberto Jefferson (Foto: Cibele Moreira/TV Rio Sul)
Na sexta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, determinou o cumprimento da pena de Jefferson,
Além de determinar a prisão, Joaquim Barbosa também negou pedido de Jefferson para que ele cumprisse a pena em casa. O ex-deputado argumentou que precisa de cuidados médicos especiais porque ainda está em tratamento contra um câncer no pâncreas. Com a prisão domiciliar negada, terá de cumprir a pena em um estabelecimento prisional, em regime semiaberto (no qual o preso pode sair durante o dia para trabalhar e voltar à noite, para dormir na prisão).
Quando pediu para cumprir regime domiciliar, o ex-deputado informou ao Supremo que queria permanecer na cidade onde mora. Em razão disso, Joaquim Barbosa pediu informações ao Tribunal de Justiça do Rio para saber se os presídios do estado tinham condições de receber o condenado em razão dos problemas de saúde. O tribunal respondeu que sim.
Jefferson será o 19º preso do processo do mensalão. Dos 25 condenados, 20 tiveram prisão decretada, mas um deles, Henrique Pizzolato, fugiu para Itália. Pizzolato está detido desde o dia 5 de fevereiro na Itália e o Brasil deverá pedir a extradição na semana que vem para que a pena seja cumprida em território brasileiro.
Outros três cumprem pena alternativa e dois aguardam resultado de recursos, mas não serão presos porque tiveram penas menores de quatro anos, quando é possível converter a punição em prestação de serviço ou pagamento de multa.
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