PMs que agredirem jornalistas serão punidos, diz Fernando Grella.
Fernando Grella afirmou que eventuais abusos serão apurados.
O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, comemorou nesta segunda-feira (24) o resultado da operação policial que terminou com mais de 260 detidos no sábado (22), durante ato contra a Copa do Mundo. “A ação foi exitosa. Tivemos o menor número de feridos, número menor de danos.”
Grella foi questionado sobre as denúncias de que PMs cometerem abusos contra jornalistas, impedindo inclusive o registro de imagens das prisões de manifestantes. “Todas as situações individuais, notícias de abuso, serão apurados nem um inquérito", disse o secretário.
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Ao menos cinco jornalistas foram detidos por policiais. Alguns deles relataram abusos e agressões. Caso fique comprovado que policiais militares de São Paulo agrediram jornalistas eles serão punidos, segundo Grella.
Desde os protestos de junho de 2013, nenhum policial foi punido por agressão ou abuso em manifestações. Segundo a Secretaria, em alguns casos ainda há inquéritos em andamento e em outros vítimas de abuso não compareceram à Corregedoria para registrar queixas.
“Eu queria dizer em primeiro lugar que a orientação nossa e da polícia não é evidentemente de agressão a jornalista. Muito pelo contrário. Jornalista e polícia compartilham o mesmo espaço. A polícia tentando manter a ordem e os jornalistas sendo os olhos da sociedade, procurando retratar o que acontece”, disse Grella.
De acordo com o secretário, as denúncias de supostas agressões cometidas por policiais contra jornalistas serão apuradas. "Não há nenhuma orientação (para impedir o trabalho da imprensa) e dificuldade em se apurar e confirmada aquela agressão tem de punir os policiais”, disse.
Grella também foi questionado se foi orientação da PM impedir fotógrafos e cinegrafistas de registrarem imagens das prisões de seus colegas e até de manifestantes. “Não existe nenhuma ordem nesse sentido. Nem daqui e nem da PM”, disse.
De acordo com o secretário, a PM vai convidar jornalistas para definir um protocolo “para todos trabalharem”. “Se houve erros vamos apurar. Não há orientação de isolar jornalistas e de impedir jornalistas de trabalharem.
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