08 junho 2015

Professores da rede estadual do PA voltam às salas, depois da greve

Os professores da rede estadual voltam às salas de aula nesta segunda-feira (8). Depois de 73 dias de greve, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp) decidiu dar fim a greve. Segundo eles, a decisão foi motivada única e exclusivamente para não prejudicar os alunos, que estão em aula desde o dia 25 de março. A previsão é que o ano letivo de 2015 dure até fevereiro de 2016. Segundo o governo do estado, os professores que fizerem parte da reposição serão pagos pelas horas-aula.
Para o Secretario Geral do Sintepp, Alberto Andrade o governo ao fazer a medida de descontar os salários desobriga os professores a repor as aulas. “Ao fazer isso, eles ficam sem pessoas para fazer a reposição. Estamos preocupados com isso e já acionamos o Ministério Público Estadual e vamos acionar o Federal. Além disso, queremos um calendário para reposição de aulas”, pontou.
Ainda segundo o Sintepp, apesar do retorno às salas de aulas, a mobilização dos professores continua, já que não houve acordo entre a categoria e o governo do estado. E vários pontos ficaram pendentes, entre eles, o pagamento do retroativo do piso salarial dos professores e a reforma das escolas.
O governo do estado disse que o saldo devedor do piso salarial será pago em quatro parcelas e que eles estão cumprindo o cronograma de reforma nas escolas. Já o ano letivo de 2015 será cumprido até fevereiro de 2016 e cada escola terá um calendário específico de reposição.
O secretario de educação, Helenilson Pontes explicou que os 15 primeiros dias de julho serão dias letivos e os sábados também. “Isso levará o calendário escolar até o início de fevereiro e os professores que fizeram parte da reposição receberão pelas aulas extra”, explicou.
Preocupação
Agora fica a preocupação para saber como será a reposição. A atendente Edna Costa afirma que acha a greve justa, mas está preocupada com a situação da filha. “O  Enem está na porta. Ela teve apenas cinco dias de aula esse ano e depende do ensino público”, finaliza.

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