Marcos Bruno Silva, acusado de dar fuga ao pistoleiro Jhonathan Silva, negou em depoimento prestado em julgamento, nesta terça-feira (4), ter participado da execução do jornalista Décio Sá, em abril de 2012, na Avenida Litorânea, em São Luís. Ele disse que hora do crime estava na Vila São José, sozinho.
Embora ter dito em depoimento à polícia que participou do crime, com minúncias de detalhes, ele afirmou nesta tarde ter sido torturado para assinar o documento. “Eu me pergunto até hoje porque a polícia me prendeu. O dono da moto, coincidentemente, tem o nome de Marcos Bruno, mas não fui eu”, disse.
Para o acusado, sua prisão pode ter ocorrido porque ele já respondia a processo, quando foi preso com uma quadrilha especializada na clonagem de cartões de crédito. O promotor Haroldo Paiva Brito disse que dois números de telefone celular, pertencentes a Marcos Bruno e a irmã dele, estavam na região onde se localizam a sede do Sistema Mirante e Avenida Litorânea, em data e horários próximos à execução de Décio. As informações foram obtidas através do rastreamento de torres de celular.
Marcos Bruno, no entanto, negou.
Respondendo à defesa, ele disse que foi preso em novembro de 2012, por volta de 12h, e foi torturado até às 20h, para prestar depoimento. Disse que foi vítima de afogamentos, que colocaram saco em sua cabeça e outros tipos de pressões, porém, não sabe o nome nem identificar as pessoas que teriam praticado a tortura. Disse que policiais ameaçaram seus familiares.
Após a fase dos depoimentos, haverá debate entre a defesa e a acusação, ainda nesta terça-feira (4).
(Jornal Pequeno)
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