04/06/2014 15h34 - Portal Stylo
A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) está realizando no Tocantins um mapeamento se áreas de risco, com o apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Os trabalhos de mapeamentos visam identificar, delimitar e setorizar locais considerados de risco para a população. Ao todo, serão mapeados nove municípios tocantinenses, por meio de um trabalho que está sendo realizado nacionalmente e deverá traçar um perfil de risco em cerca de 1.800 cidades brasileiras. Com estes dados, será possível prever condições de risco de desastres naturais e alertar a população com antecedência.
De acordo com a coordenação da Defesa Civil, no Tocantins serão mapeados os municípios de São Sebastião do Tocantins, Araguatins, Araguanã, Xambioá, Santa Fé do Araguaia, Araguaína, Goiatins, São Miguel do Tocantins e Formoso do Araguaia. Conforme a CPRM, os estudos irão orientar a tomada de decisões para a redução dos danos resultantes de risco geológico, principalmente escorregamentos, erosões, deslizamentos, enchentes e inundações.
Conforme o responsável pelo serviço de mapeamento de áreas de risco da Cedec, capitão Diógenes Madeira, os municípios tocantinenses contemplados se encontram na região do Bico do Papagaio, bastante afetada pela cheia dos rios durante o período chuvoso. “Nós temos aqui no Estado, no período chuvoso, ocorrências neste sentido e não tínhamos condições de avaliar mais profundamente a situação nesses municípios e dar uma resposta mais eficiente, nós solicitamos que nove municípios do Tocantins fossem incluídos neste plano e fomos prontamente atendidos”, completou.
Segundo o capitão da Defesa Civil, durante o período de levantamento, pelos geólogos do CPRM, serão feitas visitas in loco, georreferenciamento, análises de solo. “Eles ainda vão analisar o histórico de tudo o que aconteceu nos municípios para entender a dinâmica desses acontecimentos. O papel da Defesa Civil é apoiar este trabalho e acompanhar estes geólogos. Nós temos um técnico juntamente com eles e estamos com os coordenadores municipais de Defesa Civil”, explicou.
Este processo de levantamento de dados se iniciou nesta segunda-feira, 2, e deve, segundo Madeira, levar cerca de 20 dias. “Depois destes levantamentos, eles vão fazer mapas de risco com um esboço de tudo aquilo que encontraram em campo e fazer um dossiê. Se nós temos um local de risco de desmoronamento, de deslizamento, de inundação, eles vão propor aos órgãos públicos, tanto municipal quanto estadual e federal, como proceder ou para a retirada das famílias, ou para a solução dos problemas. Seja com obras de contenção, obras de vias públicas, por exemplo”, salientou.
Prevenção
Para o responsável pelo mapeamento, a forma mais eficaz de minimizar os danos causados por desastres naturais é através da prevenção de riscos. Dentro deste contexto, o mapeamento das áreas que está sendo elaborado, será uma importante ferramenta na hora de salvar vidas. “Em comparação com o sudeste, ainda é muito pequeno o que temos aqui. Mas não podemos deixar que isso seja desculpa para que não sejamos contemplados. A gente precisa levantar nossas demandas e nossos problemas também. Durante muito tempo, nós vimos trabalhando somente na resposta. Há o alagamento, há a inundação e nós socorremos as famílias, mas não resolvemos o problema”, alertou.
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