20/05/2014 13h13 - Atualizado em 20/05/2014 22h10
Sindicatos confirmaram mobilização de 24 horas em 10 estados e no DF.
Ato é proposto pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis.
Do G1, em São Paulo
Assembleia do Sindpol foi realizada nesta segunda, no Rio (Foto: Divulgação / Sindpol)
Os sindicatos dos policiais civis de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Paraíba, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe decidiram aderir a uma paralisação de 24 horas na quarta-feira (21). O ato é organizado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e visa um nivelamento do salário dos policiais em todo o país e de melhores condições de segurança e infraestrutura para a categoria.
A Cobrapol disse, em nota divulgada na segunda-feira (19), que os policiais civis dos estados do Amazonas, Espírito Santo e Tocantins também participariam da paralisação. Entretanto, o sindicato do Amazonas informou ao G1 que não irá aderir à paralisação. Já no Espírito Santo, ainda será realizada assembleia para decidir se a categoria adere ou não ao ato convocado pela Cobrapol. Em Tocantins, não haverá paralisação local. Minas Gerais , São Paulo e Sergipe, que não estavam citados na nota da Cobrapol, também terão paralisação.
Acre
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Acre (Sinpol-AC), Itamir Lima, o sindicato não vai aderir à paralisação nacional, pois está em processo eleitoral para a escolha da nova diretoria do órgão, que ocorre na quinta-feira (22). Ele faz questão de ressaltar que a confederação nacional está ciente dos motivos pelo qual o sindicado do Acre não vai aderir à paralisação.
Alagoas
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas, haverá adesão ao ato. O vice-presidente do sindicato Edeilto Gomes disse que haverá uma concentração das polícias Civil, Militar, Rodoviária Federal e Federal em frente à sede da PF às 9h. De lá, eles seguem para uma assembleia no Sindicato dos Policiais Federais para definir os rumos do ato.
Amapá
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Amazonas
O Sindicato dos Policiais Civis informou nesta terça que os policiais do estado não irão aderir à paralisação. Na segunda, o presidente do sindicato, Moacir Maia, disse ao G1 que não foi comunicado oficialmente pela Confederação Nacional sobre a paralisação. Para aderir ao movimento, precisaria ter convocado uma assembleia geral. Segundo Maia, em solidariedade ao movimento nacional, podem pensar em fazer uma manifestação em praça pública, mas sem afetar os serviços.
Bahia
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia, os policiais decidiram em assembleia aderir à paralisação de 24 horas na quarta-feira caso não haja avanço nas negociações com o Governo do Estado sobre a pauta de reivindicações da categoria. Cerca de 30% do efetivo permanece nos postos de trabalho, atendendo casos como prisão em flagrante, levantamento cadavérico, crimes contra a criança e a vida.
Ceará
Sindicatos e associações de setores policiais do Ceará informaram ao G1 que descartam qualquer possibilidade de greve parcial ou total dos servidores nesta quarta-feira.
Distrito Federal
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol) afirma que a categoria vai suspender suas atividades nesta quarta-feira, das 8h até a meia-noite. O sindicato diz que o movimento integra a paralisação nacional dos profissionais de segurança pública e tem como objetivo abrir diálogo com o governo sobre as propostas de valorização da carreira policial.
Espírito Santo
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo, haverá uma assembleia na manhã de quarta para decidir sobre a adesão, na chefatura de polícia. Está previsto um protesto em Vitória.
Goiás
O sindicato informou ao G1 que fará uma reunião na quarta para decidir sobre eventuais protestos e paralisação.
Maranhão
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Mato Grosso
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Mato Grosso do Sul
Em Mato Grosso do Sul não haverá greve dos policiais civis. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Policiais Civis no estado, em assembleia realizada nesta terça-feira (20), ficou definido que será feita apenas panfletagem em algumas delegacias alertando a população e o poder público de que é preciso mais investimento na segurança.
Minas Gerais
Os serviços de primeira necessidade, segundo o sindicato, serão mantidos, como a prisão por flagrante, condução de detidos e serviço de rabecão. As outras atividades serão realizadas com uma redução de 30% do atendimento. Ainda segundo o sindicato, os policiais pretendem se reunir na região central da cidade para uma assembleia na quarta, às 10h.
Pará
Segundo o sindicato, o movimento tem adesão de policiais rodoviários, policiais federais e militares, que irão realizar um ato na Praça Batista Campos para cobrar uma política nacional de segurança pública. Ainda de acordo com o sindicato, 30% dos serviços serão mantidos para garantir o atendimento para a população.
Paraíba
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil da Paraíba informou que vai ter o efetivo reduzido na quarta-feira em apoio à mobilização nacional. O presidente do SSPC-PB, Erivaldo Henrique de Sousa, afirmou que as delegacias do estado permanecerão abertas, mas só vão registrar casos de flagrantes.
Paraná
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Pernambuco
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco (Sinpol-PE) informou, na tarde desta terça (20), que não vai aderir à paralisação de 24 horas da categoria. A entidade afirmou que não recebeu comunicado da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), que organiza o ato em outros estados. A associação acrescentou que mantém diálogo com o governo estadual e vem negociando as reivindicações.
Apesar do Sinpol-PE dizer que não vai participar da paralisação, um movimento de oposição ao sindicato promete fazer uma passeata no Recife. O movimento é organizado pelo grupo Movimento de Mudança e pela União dos Escrivães de Polícia de Pernambuco (Uneppe). Eles afirmam que vão sair em caminhada, a partir das 15h, da Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Executivo estadual, no Centro da capital.
Piauí
No Piauí não haverá greve dos policiais civis, militares e federais. De acordo com a assessoria de imprensa dos sindicatos das categorias no estado, o Ministério Público Estadual entrou com uma liminar proibindo qualquer greve na segurança. Nessa quarta-feira, os policiais farão um ato público no Centro de Teresina para reivindicar o direito de paralisar.
Rio de Janeiro
De acordo com o presidente do sindicato dos policiais civis do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Bandeira, todos os setores do órgão vão aderir à greve, respeitando o mínimo de 30% em serviço, como previsto na lei. Em um nova assembleia na quarta-feira, a categoria vai decidir se a paralisação se estenderá. A incorporação das gratificações de serviço, o aumento no valor do tíquete-refeição e do vale transporte são as principais reivindicações do Sinpol.
Rio Grande do Norte
Policiais civis e militares decidiram não aderir à paralisação nacional. De acordo com a Associação de Cabos e Soldados da PM, haverá uma assembleia na quinta-feira (22) para deliberar sobre futuras paralisações da categoria. O Sindicato dos Policiais Civis do RN, por sua vez, informou que a categoria deliberou nesta terça-feira por não aderir à paralisação.
Rio Grande do Sul
Sindicato informou que não irá aderir à paralisação.
Rondônia
Os servidores vão pedir melhores condições de trabalho, segundo o sindicato. Os serviços de primeira necessidade serão mantidos, como a prisão por flagrante e condução de detidos, edelegados não irão aderir ao ato. As outras atividades serão realizadas com uma redução de 30% do atendimento. A adesão dos servidores do interior do estado ainda não foi definida. De acordo com Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia, os policiais devem se reunir na região central de Porto Velho para seguir em passeata até a Praça das Três Caixas d'Água.
Roraima
A assessoria jurídica do Sindicato dos Policiais Civis em Roraima afirmou estar descartada a possibilidade de paralisação para esta quarta-feira, mas ressaltou que apoia a decisão dos colegas de outras unidades federativas. A Polícia Federal no estado informou que haverá uma assembleia às 19h15 (horário local) para dedicidir se a categoria para ou não nesta quarta.
Santa Catarina
Santa Catarina também irá aderir à paralisação nacional, conforme o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado, Anderson Amorim. O apoio à mobilização nacional já foi definida em assembleias anteriores. Serão mantidos atendimentos de urgência e emergência. Para esta quarta-feira, a categoria pretende fazer um ato em prol da doação de sangue. Em Florianópolis, policiais civis, militares, rodoviários e federais devem se reunir em grupos e comparecer ao hemocentro de Florianópols.
São Paulo
Os policiais civis do estado de São Paulo vão aderir à paralisação nacional da categoria. O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo informou que casos urgentes serão atendidos. "Vamos atender casos de roubo, de assalto a banco, de sequestro. O que não vamos atender são casos menos urgentes, como perda de documento", diz João Batista Rebouças, presidente do Sipesp.
Sergipe
A Polícia Civil de Sergipe anunciou que vai entrar em greve nesta quarta-feira. Um ato simbólico da entrega das viaturas está marcado para as 6h30 em frente a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que fica em frente à Praça Tobias Barreto em Aracaju. Segundo Antônio Moraes, do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), categoria se reuniu em assembleia na noite desta terça-feira e decidiu aderir à paralisação nacional. Os policiais civis esperam que o adicional noturno, a lincença prêmio e o pagamento da hora extra não sejam extintos.
Tocantins
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins, não haverá paralisação local, mas 5 delegados serão enviados a Brasília para apoiar a mobilização nacional.
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