01 janeiro 2015

Governadores tomam posse pregando corte de gastos

No Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg vai precisar superar um déficit de R$ 3,8 bilhões e salários atrasados do funcionalismo público. Na Paraíba, Ricardo Coutinho promete equilíbrio nas contas


Elza Fiúza/Agência Brasil
Rollemberg assumiu o governo do Distrito Federal com dívidas e salários atrasados
Além da presidenta Dilma Rousseff e dos 39 ministros, também tomaram posse nesta quinta-feira (1º) os 27 governadores dos estados e do Distrito Federal. Destes, dez foram reeleitos e 17 assumem a chefia do Executivo local pela primeira vez ou retornam depois de afastamentos. O PMDB comanda o maior número de estados, com sete, seguido por PT e PSDB, que ficaram com cinco.
Durante as cerimônias de posse, que começaram às 2h45 de hoje, no Acre, e tomaram o dia inteiro pelo país. Rodrigo Rollemberg (PSB), que assumiu o cargo no lugar de Agnelo Queiroz (PT), adiantou ter pedido ao governo federal a liberação de R$ 412 milhões para quitar dívidas e salários atrasados de servidores. Funcionários da educação e da saúde ainda não receberam os vencimentos de dezembro e a segunda parcela do 13º.
Na cerimônia de posse, ele defendeu uma administração austera, reduzindo os gastos com a máquina pública. De acordo com o pessebista, o DF vive uma crise sem precedentes, com serviços públicos deteriorados. Vivemos o maior desequilíbrio orçamentário da história de Brasília. Isso vai exigir de nós uma postura austera”, afirmou.
Ao discursar na Assembleia Legislativa, o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), destacou os reflexos para o estado do “momento delicado” que a economia brasileira atravesssa. O governador prometeu maior austeridade com os gastos públicos, tornando a máquina administrativa mais eficiente e enxuta. Disse que manterá uma relação harmoniosa com os deputados estaduais, “independentemente de cores partidárias”.
Na Paraíba, o governador reeleito, Ricardo Coutinho (PSB), prometeu manter a diminuição dos gastos públicos. Em especial a folha salarial, que está acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com o pessebista, os gastos com o pagamento de funcionários está em 49%. Já o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), vai anunciar um pacote para diminuir a crise financeira do estado. Entre as medidas a serem adotadas está a suspensão do pagamento das dívidas.
Veja os governadores que tomaram posse hoje:
Acre – Tião Viana (PT)
Alagoas – Renan Filho (PMDB)
Amapá – Waldez Góes (PDT)
Amazonas – José Melo (Pros)
Bahia – Rui Costa (PT)
Ceará – Camilo Santana (PT)
Distrito Federal – Rodrigo Rollemberg (PSB)
Espírito Santo – Paulo Hartung (PMDB)
Goiás – Marconi Perillo (PSDB)
Maranhão – Flávio Dino (PCdoB)
Mato Grosso – Pedro Taques (PDT)
Mato Grosso do Sul – Reinaldo Azambuja (PSDB)
Minas Gerais – Fernando Pimentel (PT)
Pará – Simão Jatene (PSDB)
Paraíba – Ricardo Coutinho (PSB)
Pernambuco – Paulo Câmara (PSB)
Piauí – Wellington Dias (PT)
Paraná – Beto Richa (PSDB)
Rio de Janeiro – Luiz Fernando Pezão (PMDB)
Rio Grande do Norte – Robinson Faria (PSD)
Rio Grande do Sul – José Ivo Sartori (PMDB)
Rondônia – Confúcio Moura (PMDB)
Roraima – Suely Campos (PP)
Santa Catarina – Raimundo Colombo (PSD)
Sergipe – Jackson Barreto (PMDB)
São Paulo – Geraldo Alckmin (PSDB)
Tocantins – Marcelo Miranda (PMDB)

Com informações da Agência Brasil

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