11 maio 2014

Detentas do Presídio Feminino de Babaçulândia comemoram Dia das Mães

Fonte: AF Notícias - Da Redação - 10/05/14 09h04

Foto: Keliane Vale
Detentas comemoram dia das Mães
Detentas comemoram dia das Mães
Para tornar especial a comemoração do Dia das Mães para as mulheres que estão presas, equipe da Defensoria Pública realizou programação com café da manhã especial, brincadeiras e presentes nesta sexta-feira, 09, na Cadeia Pública de Babaçulândia, Norte do Estado. 

“Sinto pelos meus filhos que estão largados em meio ao mundo. É muito triste este lugar, tem muito lamento, aqui as mães choram e os filhos não veem, os filhos choram e as mães não veem, mas hoje estava diferente, todo mundo se divertindo, conversando, por isto me senti consolada”, expressou a detenta Elaine  Alves da Silva, 31.         
 
Para a pedagoga da Defensoria, Gislene Santos Moreira, “é um momento de integração, com o intuito de fazer com que elas se sintam lembradas”, expôs. A pedagoga ressalta que são importantes as parcerias que apoiem ações como esta, como o Salão de Beleza Batons Cabeleireiros que disponibilizou a profissional Josefa Ferreira para proporcionar cuidados de beleza para as presas, com corte de cabelo e molde de sobrancelha.

“É uma alegria quando vocês veem aqui, porque a gente brinca, sorri; nem todas têm uma visita, então é bom ver gente diferente para conversar, é o dia que temos um lazer e ficamos à vontade. Este evento mostra que nos enxergam aqui, e toda a sociedade tem que nos ver como gente; apesar de sermos presas, somos seres humanos, e este tipo de tratamento desperta a vontade de mudar”, declarou a presa Paula Felizarda Ribeiro, 27, presa há quatro anos.

“É importante realizar este tipo de atividade para tirá-las da rotina, dar ânimo”, declarou a agente penitenciária Maria Madalena Correa, chefe da Cadeia.

Atendimentos

Na ocasião, as detentas assistidas pela Defensoria Pública receberam atendimento jurídico pelo defensor público Hildebrando Carneiro de Brito e a analista jurídica Margareth Cruz. Segundo Brito, “a presença do Defensor Público tira o sentimento de abandono, e é sempre importante para as presas, porque mesmo com os benefícios em prazos, a visita é um conforto que o processo está sendo acompanhando pelo Estado”, esclareceu Hildebrando Carneiro.

Atendimentos multidisciplinares foram realizados pela psicóloga Vanessa Salles e a assistente social Fernanda Cristina da Silva Campêlo, que conversaram com as presas individualmente e coletaram as demandas apresentadas.
Ainda neste ano, a Defensoria Pública intensificará ações de ressocialização

na unidade prisional, como o incentivo à produção de tapetes, ao qual já deu início com a entrega de rolos de barbante para a confecção do material, que já é produzido pelas detentas.

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