Estudo avaliou como casados reagem a experiências positivas e negativas.
Estresse conjugal faz casal ter resposta mais contida a situações positivas.
Submeter-se ao estresse conjugal crônico pode tornar as pessoas mais vulneráveis à depressão. Essa é a conclusão de um estudo desenvolvido na Universidade de Wisconsin-Madison, publicado na revista científica "Journal of Psychophysiology".
A descoberta, segundo os autores, pode ajudar a descobrir o que faz com que algumas pessoas se tornem mais vulneráveis à depressão do que outras. Segundo os pesquisadores, o estresse conjugal crônico pode servir como modelo para entender como outros fatores estressantes cotidianos podem levar à depressão.
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Para chegar ao resultado, foram recrutados voluntários casados que responderam a questionários sobre seu próprio estresse. Eles também responderam a perguntas sobre a qualidade de seu casamento e sobre a frequência com que se chateavam com o parceiro. Nove anos depois, eles responderam a novos questionários e, posteriormente, foram submetidos a testes laboratoriais para medir como reagiam a experiências negativas e positivas.
Neste último teste, os participantes eram convidados a olhar para algumas imagens: algumas representando experiências positivas e outras representando experiências negativas. Os pesquisadores mediram, então, quanto tempo durou a reação ao contato com cada tipo de experiência.
A conclusão foi que aqueles que relatavam maiores níveis de estresse conjugal tinham respostas mais curtas às experiências positivas, o que indica que eles tiveram mais dificuldade em desfrutar o bom momento. Não houve diferença significativa nas respostas às experiências negativas.
A dificuldade em desfrutar das experiências positivas é uma das características da depressão e coloca a pessoa em risco para outros sintomas depressivos, segundo os autores.
"Essa não é uma consequência óbvia do estresse conjugal, mas é uma consequência extraordinariamente importante por causa da cadeia de mudanças com as quais ela pode estar associada", disse o pesquisador Richard Davidson, um dos autores do estudo.
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