29 abril 2014

Alta nas vendas para o Dia das Mães será superior a 5%

FECOMÉRCIO »
Publicação: 28/04/2014 17:06 - De: O Imparcial















Passados os primeiros meses embalados pela peculiar desaceleração do comércio registrado tipicamente no início de ano, aproxima-se o Dia das Mães, considerado a segunda melhor data para o varejo do país.  Em São Luís, de acordo com a pesquisa de intenção de consumo realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio) em parceria com a Câmara de Dirigente Lojistas (CDL), 80,6% dos consumidores deverão ir às compras nesse período, o que indica um aumento de 5,5% na intenção de compra em comparação ao ano anterior.

Considerado o pontapé inicial para a retomada da confiança dos empresários e reaquecimento das vendas no comércio, o resultado para data é esperado pelos empresários. Segundo o presidente da Fecomércio, José Arteiro da Silva, o crescimento nas vendas traz um cenário otimista para o comércio de São Luís. “Estamos vivendo um momento de lenta reação na economia brasileira. O elevado nível de endividamento e o encarecimento do crédito vêm esfriando a expectativa dos empresários. Por isso, esse indicativo para o Dia das Mães funciona como uma injeção de ânimo significativa em meio ao contexto econômico atual”, lembrou.

Entre os produtos preferidos para presentear, os artigos de vestuário (38%), perfumes (23%) e sapatos (12,2%) mantiveram-se na liderança das intenções de compras, assim como no ano passado. Também aparecem na preferência dos consumidores as flores (9,4%), celulares (6,5%), joias (6,3%) e relógios (4,3%). Os eletrodomésticos da linha branca, como fogão, geladeira e máquina de lavar, somaram apenas 6,7%, desempenho fraco atribuído à inflação, crescimento menor da renda, aperto no crédito e os juros mais altos.

“Com a inflação, os preços em geral e proeminentemente da linha branca se tornaram nominalmente mais altos, ou seja, menos atrativos, o que inibe a propensão ao consumo. A inflação também corrói o poder de compra da renda, e a timidez crônica do crescimento do PIB conspira para essa situação, pois o crescimento da riqueza se torna mais lento e menos pujante. Aliado a isso, o comportamento vertical da SELIC, gera reflexos no custo do uso do crédito, haja vista que esse se torna mais caro. Esse conjunto de menor poder nominal aquisitivo, aumento dos preços, crédito mais caro e menos disponível, além do endividamento perfazem um cenário pouco maternal para o consumo desse tipo de bens”, explica o consultor econômico da Federação do Comércio, Pablo Rebouças.

Destacável pelo forte apelo emocional da data, a análise aponta também que 77,3% dos consumidores pretendem comemorar de alguma forma o dia, o que representa um aumento de 7,5% em relação a 2013. A própria casa (50,8%), a casa dos pais (27,7%) e a casa de parentes (10,5%) são os locais mais indicados pelos consumidores para a comemoração. Os restaurantes somaram 6% da opção dos entrevistados.

Condições da compra

O estudo da Fecomércio e CDL indica que 24,2% dos consumidores deverão gastar mais de R$ 400 com os presentes e 23,4% pretendem gastar entre R$ 51 e R$ 100. De acordo com o levantamento, a média do valor dos gastos para este ano ficou em R$ 268, o que revela o aumento de 17,5% sobre a intenção de gastos dos consumidores em 2013, quando a média ficou em R$ 228. No cálculo por presente, a média deste ano sobre cada produto pretendido é de R$ 179.

“O comércio já vinha registrando crescimento nas vendas e o Dia das Mães consolida essa alta. Por isso, há muita expectativa do lojista em torno da data. Esse ano temos como diferencial a Copa do Mundo que pode ajudar a manter o comércio aquecido. Os lojistas esperam vender bem no dia das mães e manter o ritmo até o final do ano”, diz a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís, Socorro Noronha.

Na análise por gênero, os homens deverão gastar mais do que as mulheres nos presentes para as mães. Os homens afirmaram que devem gastar em média R$ 288, enquanto as mulheres pretendem gastar em média R$ 241. O valor dos gastos também aumenta conforme a idade do consumidor. Segundo a pesquisa, para aqueles entre 18 e 24 anos a média é de R$ 227, entre 25 e 34 anos ficou em R$ 279, e para aqueles com mais de 35 anos a média de gastos sobe para R$ 281.

Apesar do aumento do valor dos gastos para o período, a preferência pelo pagamento à vista, em cheque, dinheiro ou cartão de débito, manteve-se à frente das demais modalidades de pagamento com 65,1% da intenção dos consumidores. O cartão de crédito segue como a segunda opção com 42,7%. Outras formas de pagamento como o crediário somaram apenas 1,3%.

Quanto ao local onde os consumidores pretendem realizar as compras, o destaque é o Centro Comercial que até o ano passado ocupava a segunda posição na preferência dos consumidores e este ano cresceu 26,2%, passando à liderança na escolha das pessoas com 43,8%. Os shopping centers, com 40,7%, caíram para a segunda colocação na escolha dos entrevistados. As lojas de bairros também aparecem na pesquisa com 11%, assim como as lojas de departamento (1,6%), supermercados (1,6%) e a internet (0,6%).

“O Centro sempre é uma boa opção para quem quer economizar e busca variedade de opções. A nossa Rua Grande é um verdadeiro shopping a céu aberto e é uma área comercial que nunca irá acabar”, afirma o presidente da Fecomércio, José Arteiro.

De acordo com a pesquisa, o perfil dos consumidores que indicaram o Centro como preferência é formado pelas pessoas mais velhas, com ensino fundamental ou médio e renda inferior a três salários mínimos. Já o público dos Shoppings é caracterizado prioritariamente pelas pessoas até 34 anos, com ensino superior e renda familiar superior a três salários mínimos.

Para o empresário que pretende atrair a atenção dos consumidores nesse período, a pesquisa revelou que a dupla preços (38,2%) e promoções (37,8%) são os motivos que mais influenciarão as pessoas na hora de decidir quais produtos deverão levar para casa. Vitrines bem montadas também foram indicadas por 23,2% dos consumidores como um atrativo.

Saiba mais

Com a margem de erro amostral de 3,7% e o nível de confiança de 95%, a análise avaliou também o perfil genérico do consumidor com maior intenção de compras nesse período, que será formado pelos homens (83,5%), com idade entre 18 e 24 anos (87,9%), nível superior completo (83%) e renda familiar mensal superior a seis salários mínimos (82,8%).

O levantamento da Fecomércio e CDL entrevistou 700 pessoas nos principais pontos de circulação de consumidores da capital maranhense entre os dias 01 a 04 de abril de 2014.

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