27 abril 2014

Empresa de doleiro já estava na Boi Barrica

25 de abril de 2014    |    às 10:16 pm    |    Postado por:     Blog Marrapá
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Chamou a atenção que o doleiro que está no olho do furacão iniciado semana passada e que movimenta o Congresso Nacional com a CPI da Petrobras tenha sido preso em São Luís. Reportagem da revista Época esta semana mostrou que a Polícia Federal suspeita que Alberto Youssef estava na capital maranhense negociando o pagamento, por parte do governo estadual, de uma dívida de mais de R$ 100 milhões com a construtora Constran que estava em negociação na Justiça há mais de 10 anos.
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Constran, que recebeu mais de R$ 100 milhões do governo Roseana em negociação com doleiro Youssef, estava envolvida em caso Boi Barrica.
O pagamento foi autorizado pela governadora Roseana Sarney, citada nos documentos da Polícia Federal. Mas os vínculos da família com a Constran não se limitam a este episódio, que agora será investigado pela Polícia Federal. Uma das transações levantadas na Operação Boi Barrica foi justamente um contrato entre a Constran e a Valec, para construção de um trecho de 105 km da ferrovia Norte-Sul (contrato nº 013/06, entre Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias e Constran S/A Construções e Comércio, publicado no Diário Oficial da União, de 22/09/2006 – seção 3, páginas 102/103). O valor total da obra era de R$ 246 milhões.
O contrato foi assinado na época em que Ulisses Assad, colega de turma no curso de Engenharia na Poli (USP) com Fernando Sarney, era diretor responsável pela área de licitações da Valec. A Constran subcontratou para o serviço a Lupama, repassando R$ 45 milhões a ela.
A contratação foi considerada “ilícita” e “grave”, em relatório do TCU. Segundo o relatório da Polícia Federal à época, “tal construtora (a Lupama) não teria capital social nem sequer para construir uma ponte, quem dera assumir a parcela na construção de uma ferrovia”. A empresa seria apenas uma fachada. Seus sócios são Flávio Lima e Gianfranco Perasso, ambos amigos de Fernando Sarney. Perasso é apontado pela polícia como o operador de contas da família Sarney no exterior. O jornal Folha de S. Paulo chegou a revelar que Fernando Sarney já teve dinheiro rastreado e bloqueado pelos governos da China e da Suíça.

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