28 dezembro 2013

Ativista brasileira do Greenpeace chega ao Brasil vinda da Rússia

Por iG São Paulo 

Ana Paula Maciel ficou dois meses presa na Rússia por ter participado de protesto contra exploração do Ártico
A brasileira Ana Paula Maciel, integrante do Greenpeace Internacional, chegou ao Brasil neste sábado (28). Ela voltou ao Brasil cem dias após o protesto em setembro contra a exploração de gás no Ártico, que desencadeou a prisão dela e de outros ativistas do grupo pelas autoridades russas. Após desembarque em São Paulo, ela se dirigiu a Porto Alegre, onde passará o réveillon com a família.
Greenpeace
A brasileira Ana Paula Maciel em foto de início de processo judicial na Rússia, em setembro
Depois de anistiados, Ana Paula e os demais 25 integrantes do grupo de nacionalidade não russa dependiam de uma autorização do Serviço Federal de Imigração para deixar o país, já que foram tirados de águas internacionais e levados presos pela Guarda Costeira.
Antes de embarcar para o Brasil, Ana Paula disse que deixava a Rússia da mesma maneira como entrou, de cabeça erguida e com a consciência limpa.
“Temos a convicção de que fizemos o bem para proteger o planeta para esta e as futuras gerações. É uma vergonha um país permitir que tamanha injustiça tenha acontecido para defender os interesses das empresas de petróleo”, declarou.
Ela também disse que estava ansiosa por retornar ao Brasil, mas não poderia falar em final feliz enquanto o Ártico continuar derretendo, a Amazônia se reduzindo, os oceanos se envenenando.
“Eu tomei uma atitude e assumi os riscos por enxergar a urgência de mudar os rumos da humanidade. Há muito trabalho pela frente e precisamos de toda a ajuda possível dos que se importam e acreditam em nosso trabalho”, disse.
No início de outubro, os 30 membros da tripulação do navio ambientalista foram acusados de atos de pirataria por tentar subir em uma plataforma petrolífera de uma empresa russa perto do Ártico, em protesto contra a exploração de gás na região. Posteriormente, a acusação foi alterada para vandalismo. Se tivessem sido condenados, eles poderiam ser sentenciados a até sete anos.
No fim de novembro, com o fim do prazo da prisão preventiva decretada pela Justiça, os ativistas foram libertados sob pagamento de fiança.
O tratamento da Rússia aos ativistas de 18 países, incluindo a brasileira, despertou duras críticas de nações ocidentais e de celebridades. As acusações foram retiradas sob uma anistia aprovada este mês, que, segundo críticos, foi parte de uma campanha do presidente Vladimir Putin para melhorar a imagem da Rússia antes dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, em fevereiro.
*Com Agência Brasil e Reuters

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