A menina Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, que teve 20% do corpo queimado em um ataque a ônibus, em São Luís, recebeu alta médica do Hospital Juvêncio Matos na manhã desta quarta-feira (15), segundo a Secretaria de Saúde do Maranhão. Ela é irmã da menina Ana Clara Santos Sousa, 6 anos, que morreu após ter 95% do corpo queimado.
unnamed_7
Beatriz Lorrane é irmã da menina Ana Clara, 6 anos.
“Os médicos fizeram o curativo cirúrgico na segunda e já deram a previsão de alta para esta quarta. Após nova avaliação médica, ela foi liberada”, explicou a assessoria da secretaria.
A mãe de Lorrane, Juliane Carvalho Santos, 22 anos, que teve 40% do corpo queimado no ataque, foi transferida para o Hospital da Asa Norte, em Brasília. Ela passou por cirurgia no dia 10 de janeiro. Segundo boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o quadro da paciente é considerado grave, mas ela respira sem a ajuda de aparelhos.
Já o entregador de frangos Márcio da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimado no ataque, foi transferido do Hospital Geral de Goiânia (HGG) para o Hospital de Queimaduras na tarde de segunda-feira (13). O deslocamento ocorreu algumas horas depois que Márcio passou pela segunda cirurgia para tratar dos ferimentos.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Maranhão, a operadora de caixa Abiancy Silva, de 35 anos, que teve 10% do corpo queimado, com queimaduras no braço direito e abdômen, ainda não previsão de alta, apesar de estar fora de perigo.
Violência
Uma onda de ataques a ônibus em São Luís ocorreu no dia 3 de janeiro, depois de uma operação realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo de Pedrinhas, com o objetivo de diminuir as mortes nas unidades prisionais do estado.

Este ano, dois presos foram já encontrados mortos no presídio. Em 2013, de acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entregue em 27 de dezembro, 60 detentos morreram nos presídios do Maranhão.
Nos ataques do dia 3 de janeiro, quatro ônibus foram incendiados e cinco pessoas ficaram feridas, entre elas, a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que morreu após ter 95% do corpo queimado.
(Jornal Pequeno)