29 janeiro 2014

Candidatos reprovados no certame de agentes penitenciários contestam prova

Publicação: 29/01/2014 07:57

Candidatos ao cargo de agente penitenciário alegam várias irregularidades na execução do teste físico (Divulgação)
Candidatos ao cargo de agente penitenciário alegam várias irregularidades na execução do teste físico

Candidatos reprovados no Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso público para agentes penitenciários do estado entraram com representação junto à 4ª Promotoria do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público do Maranhão requerendo a anulação do exame, que segundo eles teria sido realizado de forma irregular.

De acordo com a comissão formada por 30 candidatos, entre as irregularidades estão a inexistência de cronograma no edital, informando as etapas do certame, assim como a data de realização do exame. Com a falta desse cronograma, muitos candidatos teriam sido pegos de surpresa com a convocação. Eles teriam apenas sete dias para comparecerem ao local do exame, como muitos dos concorrentes moram no interior do estado, acabaram perdendo o teste por não conseguirem apresentar o atestado médico pedido no certame. Além disso, as péssimas condições em que se encontravam o local para a realização do teste físico.

Outra alegação é que havia muitos candidatos para pouco tempo de teste. Assim, o exame se estendeu pela noite, sendo que o horário máximo para a realização desse tipo de teste, segundo a comissão de candidatos, é até as 18h para não comprometer a qualidade do exame e o desempenho de que o faz.

Para os candidatos reprovados a falta de cronograma e a realização do exame durante a noite só vem a confirmar a desorganização do concurso. “Isso explica o grande número de candidatos reprovados (mais de 100). De fato o Governo do Estado não demonstrou interesse ou preocupação na lisura e realização do Concurso de agente penitenciário”, desabafou um candidato que não quis se identificar.

Outra irregularidade considerável a mais agravante e que fez com os candidatos entrassem com uma representação no órgão responsável por investigar casos de abusos, foi à inclusão na lista de aprovados de um concorrente que havia sido reprovado no teste físico aparecer na lista dos aprovados. Somente após cinco meses o nome saiu da lista. “Ora! Muita coincidência constatarem tal 'divergência' somente agora, cinco meses após o teste físico, quando denunciamos a suposta fraude ao titular da SEJAP, Sebastião Uchoa, por meio de representação. O candidato Júlio César já havia realizado as dezenas de exames médicos e estava na fase de investigação social. Dolosa (digo, com a intenção de beneficiar) ou culposamente (por erro). Houve irregularidades no Concurso, isso é fato, foi o que nos moveu a tomar providências sobre o caso.” – disse a candidata Itayara Aroucha.

Oscar Santos Frazão Filho é outro candidato que também não se conforma com a situação e reclama da falta de veracidade nas informações acerca das irregularidades comprovadas. “Sabemos das dificuldades do Sistema Penitenciário e da intenção do Governo de querer fazer transparecer que está tudo bem, que nomeará os agentes aprovados no último concurso e assim resolverá a questão de pessoa no Sistema, mas não está tudo bem. A lisura do concurso é de caráter duvidoso, o processo não merece credibilidade, especialmente o TAF. Se aconteceu isso com o candidato Júlio César pode ter acontecido com outros” - Comentou Oscar, candidato aprovados na prova escrita e reprovado no Teste de Aptidão Física.

(O Imparcial)

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