Vereador apresentava hematomas e machucados
no corpo
O vereador de Bandeirantes do Tocantins, Artur Santos Carneiro (PDT), de 22 anos, suspeito de participar de um assalto à casa de um capitão da Polícia Militar em Colinas do Tocantins, foi solto nesta quinta-feira (31). O vereador ficou preso por dez dias e, de acordo com parentes, ele teria sido torturado durante o tempo em que esteve em poder de três policiais militares. O pai do vereador, Fernando Carneiro, disse que já solicitou que a agressão seja investigada e que os culpados sejam punidos.
Parentes do vereador informaram que ele foi solto em função de um ‘habeas corpus’ concedido pela justiça. Segundo eles, o parlamentar está com diversos hematomas, duas costelas quebradas e a audição do ouvido esquerdo comprometida. O pai disse que ele também está abalado psicologicamente e precisará de acompanhamento. “Meu filho está muito assustado e não consegue dormir direito. Quando ele consegue dormir acorda espantado”, explica.
O vereador foi preso no último dia 21. Ele é suspeito de assaltar a casa do capitão da Polícia Militar, Moacir Sotero Junior, junto com outros dois homens. Durante o assalto, o grupo teria levado cerca de R$ 500 mil em joias que pertenceriam à mulher do capitão, que revendia os produtos.
Para o pai do vereador, a ação que teria sido feita por policiais militares em Colinas do Tocantins foi “brutal”. “O Artur é inocente. Ele estava no lugar errado, na hora errada. A tortura é uma coisa que não se faz. Esse trauma vai acompanhar meu filho para o resto da vida dele. Atrapalhou um jovem com um futuro brilhante. A população aqui em Bandeirantes está comovida com a situação. A PM usou de um método ultrapassado”, lamenta.
Fernando informou que ofereceu denúncia contra o capitão à Corregedoria da Polícia Militar do Tocantins e ao Ministério Público Estadual.
Resposta
O corregedor-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Eurivan Francisco Lima, confirmou o recebimento da denúncia no dia 29 deste mês, e disse que a corregedoria está coletando informações sobre o caso. Lima explicou que a corregedoria tem um prazo de 50 dias corridos, a partir do recebimento da denúncia, para concluir a investigação.
O Ministério Público Estadual também confirmou que foi procurado pelo pai do vereador. Um dos promotores que acompanham o caso, requereu à Polícia Civil que investigue a denúncia. A delegada responsável pelas investigações ainda não foi localizada para dar informações sobre o inquérito.
Volta à rotina
Os parentes de Artur disseram que ele vai passar por uma bateria de exames para verificar o estado de saúde do parlamentar. O pai do vereador informou que o jovem deve reassumir o cargo na Câmara, e voltar a frequentar as aulas na faculdade de odontologia na próxima semana. Fernando disse que o filho irá se pronunciar sobre o caso assim que estiver recuperado das agressões. (G1)
Folha do Bico Postado por Agência Araguaia CAPC em 1 de novembro de 2013 em Tocantins
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários geram responsabilidade. Portanto, não ofenda, difame ou dscrimine. Gratos pela contribuição.