Em representação entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o procurador regional eleitoral, Álvaro Manzano, membro do Ministério Público Federal (MPF), acusa o governador Siqueira Campos (PSDB) e seu filho o secretário estadual de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, de terem cometido propaganda eleitoral antecipada, conduta vedada pela Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições).
De acordo com Manzano, a prática de propaganda antecipada teria acontecido durante inauguração de uma Escola de Tempo Integral na cidade de Almas, distante 276 km de Palmas, no dia 30 de agosto.
Elogios
Na ocasião, o governador afirmou durante discurso que Eduardo seria o melhor sucessor para seu governo. “Eduardo, hoje peço a Deus uma única coisa: que me dê a alegria de ser sucedido no governo por você. Que você seja o continuador dessa obra, porque você é um grande e importante líder que o Tocantins tem. Pode ter alguém igual, mas melhor que você, não existe.”, disse Siqueira na presença de diversas autoridades políticas durante o evento.
Ao comentar as declarações do pai, o secretário Eduardo afirmou, à época, que se tratavam de “demonstração de carinho, da vontade de um pai sobre o filho”, mas a tese do ‘carinho paterno’ é refutada pelo procurador Manzano. Ele frisou que a fala “tem por escopo projetar a futura candidatura de Eduardo Siqueira ao governo do Estado, que, hoje, já é notório pré-candidato ao cargo”.
Procurados pela imprensa, tanto o governador, quanto o secretário Eduardo Siqueira, afirmaram, por meio de nota enviada por suas assessorias que a fala de Siqueira “não foi um pedido de voto em campanha antecipada, mas sim a descrição de um sonho de um pai”. Outro trecho pontua que em “nenhum momento, o governador buscou desrespeitar a lei e nem precipitar disputas eleitorais”. (Jornal do Tocantins)
Fonte: Folha do Bico
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