18 setembro 2013

Sindicato e Correios divergem nos dados, mas greve já dura cinco dias

17/09/2013 11h43 - Atualizado em 17/09/2013 11h43

Sindicato fala em 400 mil cartas paradas, Correios diz que são 130 mil.
Órgão diz que vai fazer mutirão neste fim de semana.

Jesana de Jesus

Do G1 TO
Parte dos funcionários dos Correios estão
paralisados há cinco dias
(Foto: Jesana de Jesus/G1)

Os funcionários dos Correios do Tocantins, paralisados desde a última quinta-feira (12), decidiram durante assembleia realizada nesta segunda-feira (16), continuar a paralisação por tempo indeterminado. Por causa da greve, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da empresa de Correios e Telégrafos do Estado (Sintect), José Aparecido Rufino, estima que 400 mil cartas aguardam entrega no estado.

Segundo Rufino, a circulação de cartas no Tocantins é de 100 mil por dia. Ele acredita que diariamente 80 mil correspondências estão ficando paradas nas agências de Correios. Sendo assim, considerando os cinco dias da greve, a estimativa do dirigente sindical é de que 400 mil aguardam a entrega.

Na tarde desta terça-feira (17) deve acontecer em Brasília uma audiência de conciliação com os sindicatos em greve. Dependendo do resultado da reunião, o sindicato da categoria no Tocantins deve ser reunir nesta quarta-feira (18) para discutir a proposta do órgão.

As reivindicações seguem a pauta nacional: reajuste de 10% no piso salarial da categoria, reposição da inflação, aumento real de 6% e a manutenção do atual convênio médico. Rufino disse que a direção da empresa ofereceu 5,27% de aumento salarial, mas os funcionários recusaram a proposta.

No Tocantins, os funcionários pedem também segurança armada e porta com detector de metais nas agências dos Correios em todo o estado. "Só neste ano aconteceram seis sequestros e quase 30 assaltos nas agências", disse Rufino.

Gurupi, sudeste do Tocantins, é o município com maior adesão à greve. De 32 funcionários, apenas dois carteiros, o gerente e o supervidor estão trabalhando. Em Araguaína, norte do Estado, 38 dos 43 servidores dos Correios aderiram à greve e em Palmas 50 dos 70 trabalhadores do órgão estão paralisados. No total, Rufino estima que 350 servidores no Tocantins estão de braços cruzados, o que representa 43,75 % do quadro de servidores do orgão no estado, que soma 800 pessoas.

Correios
Segundo a assessoria de comunicação do órgão, neste fim de semana vai ser feito um mutirão com servidores das áreas operacional e da administração, para que seja feita a entrega das correspondências.

A assessoria disse ainda que o número de cartas informado pelo sindicato não é real. A média de entrega no Tocantins é de 65 mil correspondências por dia. A média de correspondências paradas é de 26 mil por dia, resultado mensurado desde o primeiro dia de paralisação.

No Tocantins, 90% dos empregados continuam trabalhando, conforme informou a assessoria do órgão, que explicou também que desde esta segunda-feira (16), o número de grevistas tem diminuído e aos poucos os empregados retornam ao trabalho. Todas as agências estão abertas e funcionando normalmente, garantiu os Correios.

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