14 abril 2014

Dilma promete apuração e punição rigorosas no caso Petrobras


14/04/2014 13h44 - Atualizado em 14/04/2014 14h58

Estatal é alvo de denúncia de superfaturamento, e ex-diretor está preso.
Presidente disse em PE que não se calará diante de 'campanha negativa'.

Juliana Braga, Vitor Tavares e Katherine Coutinho Do G1, em Brasília, e do G1 PE
 
Dilma recebe réplica durante cerimônia de inauguração do navio Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias no Complexo Portuário de Suape; à esq., a presidente da estatal, Garça Foster (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (14) em Pernambuco que está comprometida com a apuração e a punição "com o máximo de rigor" no caso das denúncias que envolvem a Petrobras.

A estatal é alvo de pedidos de instalação de comissão parlamentar de inquérito (CPI) no Congresso Nacional devido à suspeita de compra superfaturada de uma refinaria nos Estados Unidos. Na semana passada, a Polícia Federal recolheu na sede da empresa documentos que ajudarão na investigação de um suposto esquema de lavagem de dinheiro com a participação de um ex-diretor da companhia, preso pela PF.

Como presidenta, mas sobretudo como brasileira, eu defenderei, em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças, a Petrobras. Não transigirei em combater todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja."
Presidente Dilma Rousseff

"Nós, com determinação, estamos aqui nos comprometendo, a cada dia que passa, que o que tiver que ser apurado, vai ser apurado com o máximo de rigor, que o que tiver que ser punido, vai ser punido com o máximo de rigor", declarou a presidente durante a cerimônia de batismo do navio Henrique Dias e da viagem inaugural do navio Dragões do Mar, no porto de Suape, em Ipojuca (PE).

Ela afirmou que não vai transigir em combater "todo tipo de malfeito, ação criminosa, tráfico de influência, corrupção ou ilícito de qualquer espécie, seja ele cometido por quem quer que seja".

A presidente disse ainda que não ouvirá "calada" a "campanha negativa" dos que, "por proveito político", segundo ela, "não hesitam em denegrir a imagem desta empresa".

"Não podemos permitir, é bom dizer isso, como brasileiros que amam e defendem este país, que se utilizem ações individuais e pontuais, mesmo que graves, para tentar diminuir a imagem de nossa maior empresa, nossa empresa mãe, ou para tentar confundir quem de fato trabalha a favor com quem trabalha contra a Petrobras", declarou.

Sem mencionar o governo de Fernando Henrique Cardoso, Dilma criticou os que, segundo ela, prepararam "de forma sorrateira" um processo de privatização da Petrobras.

"Chegou a fazer parte desse processo até a troca do nome, que seria Petrobrax, sonegando a sílaba que seria a nossa identidade: 'bras', de Brasil", afirmou.
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Em 2000, o então presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul, chegou a anunciar a troca do nome comercial da empresa para "Petrobrax", proposta posteriormente abandonada.

A presidente Dilma Rousseff classificou a Petrobras como "um símbolo da afirmação do nosso povo" e disse que, por esse motivo, a empresa "jamais vai se confundir com qualquer malfeito, com corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas, das mais graduadas às menos graduadas".

Antes de Dilma, a presidente da Petrobras, Graça Foster, discursou na cerimônia e exaltou os investimentos da empresa por meio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) e do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), ambos do governo federal.

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