Atualmente, segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (SINTET), mais de 90% dos municípios tocantinenses, cerca de 120, ainda não reajustaram os vencimentos dos profissionais. O reajuste do piso de R$ 1.451 para R$ 1.567,00 aconteceu em janeiro deste ano. O problema já tem afetado o ano letivo no interior do Estado, pois ao menos mil crianças de Ponte Alta do Tocantins, a 187 km de Palmas, e Cristalândia, a 165 km da Capital, estão sem aulas por causa de greves de professores e outras oito mil crianças de outras cidades podem ter as aulas paralisadas até o final deste mês.
Professores de Cristalândia entraram em greve na última quarta-feira, por tempo indeterminado. “Nossa luta não é política nem partidária, é pelos direitos da nossa classe”, disse a professora Evanildes de Souza Mota e Silva. Segundo ela, foi realizada uma reunião com a prefeitura da cidade para discutir o piso salarial, o cumprimento do plano de cargos e carreiras da categoria e reivindicar melhores condições de trabalho. “O prefeito sempre fala que não tem condições de pagar.”
Em Ponte Alta, a greve foi deflagrada ontem com uma manifestação dos professores pela cidade. Além do pagamento do piso, a categoria também pede infraestrutura. “Na creche, quando tem água pela manhã não tem à tarde. As escolas da zona rural estão em estado de calamidade pública. A prefeitura não fornece o material para a merenda escolar”, afirmou a professora da educação infantil Osimar Alves Dias. A professora ressaltou que hoje haverá uma manifestação na cidade, a partir das 15h30, com saída da Creche Recanto do Saber. “A greve é por tempo indeterminado e não vamos ficar parados. Nós estamos lutando pela qualidade de educação para os nossos alunos.”
Paralisação
Ontem, os professores de Nova Olinda fizeram uma paralisação nas aulas, mas a greve pode ser deflagrada na próxima semana. “O prefeito nos enviou um e-mail afirmando que quer fazer uma reunião para negociar a questão. Por isso, nós ainda não vamos parar”, ressaltou a presidente do Sintet Regional Colinas, Railma Martins da Silva. Segundo ela, a categoria cobra o pagamento da data-base, das progressões horizontal e vertical e do piso salarial.
Parado
Mais de 90% dos municípios tocantinenses não estão pagando o piso salarial nacional aos professores. A questão está desencadeando uma série de indicativos de greve em vários municípios do Tocantins, entre eles Buriti do Tocantins, Carrasco Bonito, Goiatins, Porto Nacional, Palmeirópolis e Formoso do Araguaia. Duas cidades – Cristalândia e Ponte Alta do Tocantins – já paralisaram as aulas. (Jornal do Tocantins)
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