05 março 2014

'Governo desmoraliza a PF para livrar aliados corruptos', diz policial de SE

11/02/2014 12h17 - Atualizado em 11/02/2014 12h37

Sindicalista diz que agentes federais estão sem reajuste salarial há 7 anos.
Segundo Francisco Correia, isso é reflexo das investigações a políticos.



Marina FonteneleDo G1 SE

iais se reuniram em frente à sede da Polícia Federal em Aracaju (Foto: Marina Fontenele/G1)

Dezenas de agentes da Polícia Federal (PF) em Sergipe aderiram à paralisação nacional nesta terça-feira (11). A suspensão nas atividades por um período de 24h está sendo cumprida em vários estados do país, isso porque a categoria protesta contra a falta de reajuste salarial e até da própria reposição da inflação nos últimos sete anos.
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De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais de Sergipe (Sinpef), esses são alguns dos problemas da categoria que pede ainda por reestruturação na carreira, reorganização dos métodos operantes e realização de concurso público, pois no estado o déficit de agentes de investigação chega a 210.

“Acredito que a situação chegou até esse ponto por uma retaliação do Governo Federal porque nos últimos tempos membros do governo têm sido alvo de investigações e que acabaram sendo condenados por envolvimento em corrução. O Governo desmoraliza a área de investigação da PF para que isso não prejudique mais os aliados dele. Isso é extremamente prejudicial, por sem o trabalho investigativo a população não fica sabendo das roubalheiras que acontecem com o dinheiro público”, afirma o policial federal Francisco Correia dos Santos, vice-presidente do Sinpef.

Segundo Francisco, além do efetivo ser insuficiente em Sergipe pelo menos oito oficiais estão deslocados trabalhando em quatro operações fixas em outros estados, geralmente nas fronteiras do país.
Francisco Correia acredita que Governo Federal está retaliando a categoria (Foto: Marina Fontenele/G1)



“Outras categorias do serviço federal que são equiparadas com a nossa, como a dos fiscais daReceita Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), recebem 100% a mais que nós. A Federação Nacional dos Policiais Federais está negociando diretamente com o Ministério da Justiça e com a presidente Dilma Rousseff, mas ela ainda não acenou uma resolução para esse problema”, avalia o sindicalista. Em 2013, agentes, escrivães e papiloscopistas de Sergipe ficaram em greve por 40 dias.

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