Pedro Afonso - 28/03/2014 15:55:15 Kailson Dias
Na manhã dessa sexta-feira, 28, Pedro Afonso acordou com uma manifestação realizada pelos professores da rede pública estadual de ensino. A manifestação reuniu professores de Pedro Afonso, Bom Jesus do Tocantins, Guaraí e Itacajá.
Segundo um dos lideres do movimento grevista na região, professor Neurisvaldo Rodrigues de Amorim, 30 anos, a manifestação não é só para buscar melhorias para os educadores, mais também para todos os alunos e funcionários que atuam na área da educação.
Ainda segundo Rodrigues o que mais atrapalha um professor na sala de aula é a falta de estrutura das escolas.
Neurisvaldo que já leciona há seis anos disse que não tem sofrido pressão para participar e liderar o movimento grevista na região. Ele afirmou que somente quem se deixa pressionar é quem não se posiciona.
“A manifestação tem como primeira reivindicação a valorização dos professores e alunos. Faltam recursos para que possamos dar uma boa aula, essa manifestação é para acabar com a política dentro das escolas. O que mais atrapalha a nossa profissão é a falta de estrutura para que possamos ministrar uma boa aula. Felizmente na nossa escola não esta havendo pressão por causa da greve. Existe uma frase do meu grande amigo e colega de profissão Marcos André que diz “só existe o opressor para aquele que deixa ser oprimido”, afirmou o educador.
Já a professora Crispin de Almeida de 48 anos de idade, há 20 anos na profissão, não há barreiras quando o professor precisa de valorização.
De acordo com a educadora, nem à distância, já que ela trabalha em uma escola da rede pública de Guaraí, foi empecilho para apoiar a manifestação.
“Nós estamos nessa manifestação reivindicando melhorias de salários, e começamos essa greve para solucionar os problemas que há muito tempo a educação vem enfrentando”, enfatizou.
Palavras de ordem
No meio da caminhada os professores não esconderam seu entusiasmo e força de vontade ao começarem gritarem palavras de ordem como: “professores na rua, Siqueira a culpa é sua”.
A professora do CEM Orquelina Torres do município de Guaraí, Nivia Alves Sales de 37 anos, que já está há 14 anos na profissão, a manifestação é legitima e deve ser apoiada por toda comunidade.
“Nós queremos garantias de melhorias, pois as salas estão super lotadas falta espaço, as poucas que tem ainda não tem iluminação nem ventilação, sem falar que falta merenda. Nós queremos por meio dessa greve conquistar o PCCR (Plano de Cargo, Carreira e Remuneração)”, afirmou.
Interferência política
O Colégio Estadual de Itacajá também teve seus representantes que na manifestação, pediam para que fossem repassadas as verbas que vão para as escolas.
Outra reivindicação é a não interferência na escolha dos diretores das escolas, como explica o professor Elmir dos Santos Sales de 42 anos de idade, há 12 anos na sala de aula.
“Através dessa manifestação eu quero cobrar as verbas que não são repassadas, e peço imediatamente um reajuste salarial. Falta tudo na nossa educação: estrutura nas salas de aulas, sempre estão super lotadas, e os meus colegas estão sujeitos a muitas vezes perder seus contratos”, afirmou Elmir.
Pressão dos diretores
Os professores também não deixaram de demonstrar sua insatisfação, por causa dos colegas que estariam sendo coagidos, sofrendo forte pressão para não participar da greve.
“isso é uma covardia, isso é um ato covarde ameaça colegas de profissão. Eu acho que na verdade falta pra eles competência”, disse o professor, mestre em geografia, Ailton Barros de 33 anos.
A professora Grace Kelly Vilela, de 44 anos e com grande experiência como professora, falou a respeito das opressões que seus colegas de trabalho da Escola Alfredo Nascer em Bom Jesus do Tocantins vêm sofrendo.
“A diretora fala para os contratos que vai mandar eles embora se apoiarem a greve. Só esperamos melhorias, e cobrando o que nos é de direito”, finalizou.
Kailson Dias
(Portal é Notícias)
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