31 março 2014

Mãe de bebê que morreu de calazar protocola denúncia em Palmas

30/03/2014 08h05 - Atualizado em 30/03/2014 08h05

Nelci Barbosa acusa médicos de negligência.
A denúncia foi feita na Defensoria Pública do Tocantins.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera

Bebê ficou uma semana internado no Hospital Infantil de Palmas (Foto: Arquivo Pessoal)

A mãe do bebê, de apenas cinco meses, que morreu vítima de calazar no dia 8 de março em Palmas, protocolou uma denúncia na Defensoria Pública do Tocantins. A funcionária Pública Nelci Barbosa, de 32 anos, alega que houve negligência médica e pede que os culpados sejam punidos. A denúncia foi feita após a emissão do laudo que confirmou que a criança morreu por ter contraído a leishmaniose visceral.

"Eu quero justiça. O que eles fizeram foi injusto, eles sabiam que o menino tinha calazar", disse a funcionária pública. Em 2013, foram registrados em Palmas 21 casos de calazar com quatro mortes. Este ano já foram quatro casos com duas mortes, incluindo a do Nicolas Naaman.

Nelci Barbosa dos Santos alega que
médicos foram negligentes
(Foto: Arquivo Pessoal)

Entenda

A mãe de Nicolas Naaman, começou a desconfiar que ele estava com a doença, após notar que a criança apresentava febre e manchas pelo corpo. Ela então o levou para a unidade de atendimento infantil que fica no centro da capital. No local, depois da realização dos exames, foi revelado que a criança estava com calazar. Ele começou a ser tratado, mas como os medicamentos eram muito fortes e poderiam provocar a falência dos rins dele, uma médica infectologista decidiu trocar a medicação por outra. "Depois que trocou o remédio do meu filho ele começou a piorar. Os médicos já tinham avisado que esses antibióticos eram muito fortes para o tratamento dele e que poderiam provocar a falência dos rins", explicou.

Com a piora no estado de saúde, o bebê foi transferido para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP). Nicolas ficou internado uma semana na UTI. "Quando chegamos lá os médicos me contaram que o fígado do Nicolas estava destruído. Ele sangrava pelo nariz, estava todo inchado. A barriga e até as costas estavam estufadas porque o pulmão dele encheu de líquido", lamentou.

Em nota, a direção do Hospital Infantil de Palmas informou que abriu uma investigação para analisar o tratamento prestado ao Nicolas e também a conduta da profissional que acompanhou a criança.

Nicolas morreu com apenas cinco meses de idade (Foto: Arquivo Pessoal)

(G1)

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