AGORA TEM SIGILO!
Documento que cita deputados, senadores, prefeitos e partidos foi apreendido em fevereiro, na Operação Acarajé
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O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta
quarta-feira (23) sigilo sobre a planilha da Odebrecht que cita dezenas
de políticos e partidos como supostos destinatários de valores da
empreiteira. O magistrado pediu ao Ministério Público Federal que se
manifeste sobre ‘eventual remessa’ da documentação ao Supremo Tribunal
Federal (STF).
A 'superplanilha' foi apreendida em fevereiro na
Operação Acarajé, desdobramento da Lava Jato, na residência do
empresário Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht
Infraestrutura.
O documento aponta uma longa sucessão de
transferências para deputados, senadores, prefeitos, governadores e
agremiações políticas.
Inicialmente, a Acarajé estava sob sigilo. Depois que
a operação foi deflagrada, em fevereiro, o magistrado afastou o sigilo
dos autos, como tem feito desde o início da Lava Jato.
Nesta
quarta-feira (23), ao constatar que a lista contém ‘registros de
pagamentos a agentes políticos’, Moro restabeleceu o sigilo nos autos.
"Prematura
conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de
apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido
Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais
registradas nos últimos anos", argumentou o juiz.
"De
todo modo, considerando o ocorrido, restabeleço sigilo neste feito e
determino a intimação do Ministério Público Federal para se manifestar,
com urgência, quanto à eventual remessa ao Egrégio Supremo Triunal
Federal para continuidade da apuração em relação às autoridades com foro
privilegiado."
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