19 março 2016

37 dos 65 integrantes da comissão do impeachment de Dilma respondem processos na Justiça

Em 18/03/2016 às 16:15 hPor: AraguaínaNotícias
: LFotoucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
Deputados de oposição mostraram em Plenário cartões vermelhos pedindo o impeachment de Dilma
Portal O Dia A Câmara dos Deputados elegeu, na tarde desta quinta-feira, os 65 integrantes da comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma. Destes, 37 estão na mira da Justiça, incluindo o presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), e o relator Jovair Arantes (PTB-GO), homem-forte de Eduardo Cunha, presidente da Casa e também com muito a explicar ao Poder Judiciário.

As informações são do portal Transparência Brasil, que possui o maior banco de dados dos congressistas brasileiros. Rosso foi indiciado por crime de peculato (desvio de dinheiro público por funcionário que tem a função de administrar verbas públicas). Jovair Arantes, por sua vez, é alvo de ação movida pelo Ministério Público Federal referente a improbidade administrativa. O deputado também teve suas contas de campanha reprovadas em 2006 e 2012.

Há casos que chamam ainda mais a atenção, como o de Paulo Maluf (PP-SP), outro integrante da comissão responsável por avaliar a presidente Dilma. O deputado já foi condenado por improbidade administrativa e uso de dinheiro público para promoção pessoal. Também é réu por ação por lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e até ocultação de cadáveres durante a ditadura militar.

ntre os deputados fluminenses que integram a comissão, o líder do PMDB Leonardo Picciani é alvo de representação (sob segredo de justiça) por captação e gastos ilícitos na campanha de 2014 com pedido de cassação de diploma.

Também pemedebista,o deputado Washington Reis é outro que vem tendo bastante dor de cabeça com a Justiça. O TCE-RJ detectou irregularidades em contratos e contas referentes à administração financeira da prefeitura de Duque de Caxias, sob sua responsabilidade.

Reis também é réu em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por crimes contra o meio ambiente, o patrimônio genético e formação de quadrilha. Também responde várias ações por crimes eleitorais, crimes contra a paz pública e improbidade administrativa.

Ex-secretário estadual de Transportes, o deputado Júlio Lopes (PP-RJ) é alvo de inquérito que apura apropriação indébita previdenciária. O processo está suspenso, pois parlamentar está efetuando o pagamento dos débitos.

Os outros quatro deputados fluminenses que integram a comissão não são alvos de nenhuma ação judicial: Wadih Damous (PT), Chico Alencar (Psol), Jandira Feghali (PCdoB) e Rodrigo Maia (DEM).

No divisão por partidos, PMDB e PT têm oito representantes na comissão. Sete pemedebistas e quatro petistas têm pendências judiciais. No PSDB, dos seis deputados, três estão na mira do Poder Judiciário.

Todos os cinco parlamentares do PP e os quatro do PSD também têm a ficha suja, assim como os indicados por PPS, PEN, PTN e PV. Cada um destes partidos está representado por um parlamentar que ainda têm o que explicar à Justiça.

Psol, Rede, PHS, PMB, PTdoB, Pros, DEM e PCdoB não têm deputados com pendências judiciais. Dos 65 integrantes da comissão, apenas 27 não têm débitos com a Justiça. Sobre o deputado Flávio Nogueira (PDT-PI), não há informações no portal Transparência Brasil.

Confira a lista (aqui)

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