Ministério enviou nota ensinando como fazer bom jornalismo. Globo News fez mea culpa.
Nesta segunda-feira, 29, o ministro da saúde Marcelo Castro perdeu a paciência durante uma entrevista ao vivo ao canal a cabo Globo
News. Marcelo e Christiane Pelajo começaram a discutir e discordarem de
dados oficiais. O ministro dizia que os dados oficiais não estavam
errados, mas mesmo assim a jornalista não aceitava. Marcelo tentava
explicar a confusão da reportagem, que de fato acabou promovendo uma
"barriga", que é quando acontece um erro de informação. A reportagem
confundiu casos suspeitos de microcefalia com os que são confirmados. Os
números eram tão diferentes que o ministro perdeu a paciência. Um dia
depois, a Globo News admitiu, mesmo que de forma discreta, que realmente
errou.
Vamos a alguns dados divergentes debatidos pelo ministério. A Globo
News disse que na cidade de São Paulo haveria 149 casos confirmados de
microcefalia. O ministério negou e revelou que não havia nenhum caso,
explicou que a maioria deles está no nordeste e que os números não
faziam nem lógica. Mesmo conversando com uma fonte oficial, Christiane
Pelajo e outra jornalista não se deram por vencidas, perguntando se o
ministro realmente checa esses dados e porque eles estavam tão
diferentes. Marcelo Castro tentou explicar, mesmo que em vão, que são os
próprios estados que repassam as informações. "Então se eles fizerem
errado vocês não checam?", continuou a repórter na discussão.
Veja o vídeo com o momento da discussão entre a jornalista e o Ministro da saúde:
Os erros nas informações dadas pela reportagem levaram o Ministério
da saúde a emitir uma nota, que acabou sendo quase que uma lição de como
se fazer jornalismo. A nota lembra que o ministro bem que tentou dizer
que os dados divulgados pela Globo News eram falsos, mas que não foi
ouvido. O ministério lembrou que o trabalho da imprensa é importante,
mas desde que seja levado de maneira adequada. Situações como a
demostrada no canal a cabo, segundo o órgão do governo federal,
reforçam boatos e criam uma situação que traz insegurança para a
população, especialmente quando o país passa por uma emergência no campo
da saúde.
Além da nota, o órgão enviou vários anexos provando que de fato os números estavam errados e que a matéria também.
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