14/4/2014 às 14h05 (Atualizado em 14/4/2014 às 14h17) - De R7
12 pessoas morreram e mais de duas mil casas foram destruídas
O governo diz que o dinheiro repassado é só para emergências e que doará ainda mais
Felipe Gamboa/AFP
O governo chileno destinará de forma imediata 500 milhões de pesos
(cerca de R$ 2 milhões) ao município de Valparaíso assolado pelo pior
incêndio de sua história, informou nesta segunda-feira (14) o ministro
porta-voz, Álvaro Elizalde.
"Desde o Subsecretariado de Desenvolvimento Regional estão sendo
repassados 500 milhões de pesos à comuna de Valparaíso para atenuar as
primeiras necessidades da emergência", disse Elizalde após uma reunião
do gabinete com a presidente Michelle Bachelet.
— É para a emergência e retirada de escombros, mas não é a única ajuda que vai ser dada. É a primeira.
O incêndio, que até agora causou a morte de 12 pessoas e destruiu mais
de duas mil casas, começou no último sábado (12) em um setor florestal
do caminho La Pólvora, próximo à cidade, mas se expandiu rapidamente
para zonas povoadas de várias colinas vizinhas.
Cerca de 1.300 bombeiros e brigadas da Corporação Nacional Florestal
(Conaf), com apoio de uma dúzia de helicópteros e aviões cisterna,
continuam hoje combatendo o fogo, que ressurgiu nos setores de Pajonal e
colina Ramaditas, onde destruiu umas 250 casas.
A Conaf antecipou que a tarefa de aplacar definitivamente o incêndio
demorará mais de 20 dias. Elizalde assinalou que o estado de emergência
se mantém na zona de Valparaíso, cerca de 120 quilômetros da capital,
porque o fogo não foi do todo controlado e recalcou que está sendo
efetuado o maior desdobramento que tenha sido registrado.
"Milhares de pessoas perderam tudo. Estamos falando de um quadro francamente dramático", declarou o ministro.
Além disso, ele indicou que para não desproteger outras zonas do país,
foi pedido à Argentina o envio de aeronaves que apoiem no controle do
incêndio. Segundo o governo atualmente há 1.200 pessoas em albergues e
umas 8 mil pessoas afetadas.
"É desolador, mas o governo não vai deixá-los a sós", assegurou Elizalde.
Esta é a segunda tragédia no Chile neste mês. Em 1 de abril um
terremoto de 8,2 graus de magnitude atingiu a zona norte do país,
deixando seis mortos e afetando também milhares de casas.
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