13 abril 2014

Austrália acredita que sinais captados são de caixas-pretas do avião da Malásia

Por iG São Paulo | 11/04/2014 09:06 

Para o primeiro-ministro australiano, as equipes de buscas podem ter rastreado a localização de avião no Oceano Índico


O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse nesta sexta-feira (11) que as equipes de busca estão confiantes em terem encontrado a localização da caixa-preta do avião da Malásia desaparecido há mais de um mês, mas alertou que isso não é o mesmo que recuperar os destroços.

O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, fala sobre o voo da Malásia ao lado do primeiro-ministro malaio, Najib Razak, à esq., em Perth, Austrália (3/04)


"Estamos confiantes de que sabemos a posição da caixa-preta do voo numa margem de alguns quilômetros", disse ele em discurso em Xangai, a capital comercial chinesa. "Ainda assim, a confiança na posição aproximada da caixa- preta não é o mesmo que recuperar destroços a quase quatro quilômetros e meio de profundidade no mar ou, finalmente, determinar tudo o que aconteceu no voo."

O voo MH370 da companhia Malaysia Airlines, com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, desapareceu no dia 8 de março e acredita-se que a aeronave tenha se desviado milhares de quilômetros de sua rota original de Kuala Lumpur para Pequim e tenha caído no oceano Índico.


As caixas-pretas do avião podem ajudar a resolver o mistério sobre o que levou o Boeing 777 a se desviar da rota do curso. Mas as baterias que alimentam a localização dos dispositivos duram apenas cerca de um mês - e já faz mais de 30 dias que o avião desapareceu. Encontrar as caixas-pretas será extremamente difícil porque a profundidade da região é de 4.500 metros, segundo especialistas.

O navio australiano Oceano Shield foi o primeiro a detectar quatro sinais acústicos vindos de uma mesma área ampla, no sábado (5). Mais tarde, esses sons foram tidos como coerentes com os pings - como são conhecidos os sinais de dados gerados por caixas-pretas de aviões - da Marinha americana. Dois sinais foram registrados no final de semana e outros dois na terça-feira. 

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O avião da Força Aérea australiana detectou outro sinal possível do avião na quinta-feira (10), mas Angus Houston, que está coordenando a pesquisa pelo voo 370 na costa australiana, disse em um comunicado que avaliação inicial não encontrou relação dos sinais captados com os das caixas-pretas. Cada boia de sonar tem um dispositivo de escuta hidrofônica que oscila cerca de 300 metros abaixo da superfície e transmite os dados via rádio.

O navio Shield ainda usa seu localizador para tentar localizar sinais adicionais nesta sexta-feira (11), e os Orions continuavam a sua caça, de acordo com Houston. A zona de busca subaquática é atualmente de 1.300 quilômetros quadrados, do tamanho de Sergipe, aproximadamente. As buscas devem envolver até 14 porta-aviões e 13 navios, segundo informações da agência que coordena as buscas pela aeronave desaparecida.

"É vital recolher o máximo de informação possível, enquanto as baterias de localização submarinas ainda podem estar ativas," afirmou Houston por meio de comunicado.

As operações se concentrarão em uma área de 22 mil km quadrados - a menor área de buscas já realizadas desde o início das operações de procura pelo avião. As buscas realizadas por uma equipe multinacional estão sendo conduzidas a partir de uma região ao oeste da cidade australiana de Perth. Os times de resgate procuram tanto possíveis detritos como sinais provenientes da caixa-preta do avião.

*Com Reuters, BBC e AP


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