30 junho 2013

MEU “AMADO MESTRE”


Li uma matéria do Instituto Ciências Hoje, que relacionei à atual situação da Educação no Brasil, mais especificamente no Estado do Tocantins, o título da matéria é “O mercado está para Mestre”, dentre as muitas razões que justificava o título, destacava-se o crescente número de egressos em cursos de mestrado no País nos últimos anos. Mas o que é um mestrado? Em poucas palavras mestrado é um curso de aperfeiçoamento mais aprofundado, com o objetivo de QUALIFICAR O PROFISSIONAL além de torná-lo um PESQUISADOR. Aí me pergunto: qual instituição não quer bons servidores? Qual gestor escolar não quer um quadro de profissionais da sua escola bem qualificado? Qual aluno não quer ter excelentes professores?

Além da qualificação específica em sua área os cursos de qualificação podem transformar o professor em um pesquisador. Hoje a pesquisa, principalmente na área das ciências, é uma das modalidades de ensino mais difundida no contexto escolar. O País já exporta jovens pesquisadores para países como os Estados Unidos e Alemanha. Estes jovens relatam que é uma experiência única poder representar o Brasil em eventos internacionais, mas ressaltam que tudo começou na sua escola com incentivo de seus professores, tornando evidente que o professor necessita de qualificação. Porém não é tão simples assim.

O profissional geralmente tem que custear o seu processo de formação para trabalhar em prol do Estado, mas acredito que essa é uma dificuldade que é vencida pelos professores, mas os corajosos que se dispõem a superar essa dificuldade se deparam com a falta de apoio dos gestores de educação do Estado do Tocantins, que passam a perseguir estes profissionais, deixando bem claro que não têm interesse em profissionais qualificados, pois estes ao implantarem novas propostas de ensino estarão despertando o senso crítico dos alunos e transformando a sociedade, que passará a questionar porque que decisões políticas eleitoreiras são mais importantes na escola do que alunos com a capacidade de produzir conhecimento e transformar esta sociedade corrupta que a todos assola.

Esta mudança não acontecerá da noite para o dia, necessita-se aí de políticas públicas, de incentivo à qualificação, como bolsas de auxílio financiadas pelo Governo do Estado, além outras maneiras de incentivo, mas é fundamental que exista o BOM SENSO, e não o senso comum, onde o professor é só mais um “empregadinho” do Estado.

DAILSON COELHO ABREU

Professor de Biologia da Escola Estadual Bela Vista

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