A presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, afirmou na manhã desta quarta-feira, 15, em depoimento na Câmara Municipal, que a água vai acabar na cidade de São Paulo “em meados de novembro” caso o regime de falta de chuvas se mantenha na região. Ela disse contar, no entanto, com a volta das chuvas após o dia 20 e com obras para a captação da segunda cota do volume morto no Sistema Cantareira para evitar o desabastecimento generalizado.
A afirmação foi feita após críticas dos vereadores Nelo Rodolfo (PMDB) e Ricardo Tripoli (PV) de que Dilma não fazia afirmações claras e objetivas sobre as perguntas feitas pelos vereadores, durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta para investigar a falta de água.
Pena também foi criticada pela falta de transparência da empresa perante a população diante da crise. Ela argumentou que algumas peças publicitárias haviam sido barradas pela Justiça Eleitoral. “Não podíamos falar a palavra ‘seca’. Só alertar para a economia. Não podíamos falar da gravidade da situação”, argumentou.
Pena também foi criticada pela falta de transparência da empresa perante a população diante da crise. Ela argumentou que algumas peças publicitárias haviam sido barradas pela Justiça Eleitoral. “Não podíamos falar a palavra ‘seca’. Só alertar para a economia. Não podíamos falar da gravidade da situação”, argumentou.
“Não estamos falando de publicidade de massa, mas de comunicação avisando bairro que ficaria sem água, por qualquer motivo, para que possa se programar”, disse o vereador José Police Neto (PSD).
Pena disse que os problemas têm sido informados. E atribuiu a falta de água espalhada pela cidade a dois problemas técnicos de grandes proporções no último fim de semana, na região de Americanópolis, na zona sul, e da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região central.
A presidente da Sabesp afirmou também que, se o rodízio de água tivesse sido estabelecido em março, a situação seria “pior”, o que indignou os vereadores. “Como é possível você ter menos água com racionamento do que sem racionamento?”, questionou Nabil Bonduki (PT).
Dilma Pena afirmou que não seria possível implementar o programa de bônus e pedir economia à população caso o abastecimento fosse interrompido regularmente – nem fazer obras de transferência de água se outros sistemas para o Cantareira.
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