Por -iG Brasília | - Atualizada às
A ajuda, segundo ela, foi rejeitada pelo governador Geraldo Alckmin no início deste ano. A presidente também disse que chamará todos para conversar, inclusive seu adversário, derrotado, Aécio Neves.
A presidente Dilma Rousseff disse em entrevistas às TVs Bandeirantes e SBT, no Palácio da Alvorada, que o governo federal ofereceu ao governo de São Paulo recursos para evitar a crise d’ água que atinge principalmente a capital, no entanto, a ajuda foi recusada pelo governador reeleito do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). De acordo com Dilma, a disposição de ajudar do governo federal permanece, basta ser solicitada pelo governo paulista.
“Tudo que São Paulo precisar da nossa ação, nós faremos. Inclusive, se o governador mudar de ideia e quiser fazer projeto emergencial também”, disse Dilma que comparou a falta d’água no Estado com a seca no Nordeste.
“O Nordeste passou por uma seca dos últimos anos. Nós colocamos quase seis mil carros pipas, que eram dirigidas pelo Exército. Nós construímos um milhão de cisternas”, exemplificou a presidente. “Mas, para isso, necessita de um convênio”, ressalvou.
Dilma criticou a atitude de Alckmin de não aceitar ajuda. “O governador optou por um processo mais, diríamos assim, tradicional, Optou por fazer a licitação”, disse.
“Nós sabemos que há um diagnóstico feito pelo próprio governo de São Paulo sobre a situação da segurança hídrica de São Paulo, no qual se elenca uma série de investimentos que deviam ter sido feitos e não foram”
A presidente disse ainda que pretende chamar para o diálogo integrantes da oposição, inclusive seu adversário derrotado nas urnas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). “Tem que se pressupor que por trás de uma disputa tem um conjunto de posições que as pessoas querem definir para o futuro melhor para o país. Aí já se tem um ponto de unidade”, disse a presidente.
A reforma política, eleita por Dilma como uma das prioridades de seu segundo mandato, voltou a ser tema abordado pela presidente. Ela reiterou a importância de uma consulta popular sobre a matéria, mas admite a possibilidade do mecanismo do referendo ao invés do plebiscito, aventado por ela no último domingo.
“Todos defendem a consulta popular”, afirmou Dilma. “Seja na forma de referendo ou plebiscito. Eles desaguam em uma Assembleia Constituinte. Acho muito difícil não ser uma discussão interativa. Não sei a forma que vai ser, mas acho difícil não ser com consulta popular.”
Tanto o plebiscito como o referendo são consultas à população para decidir sobre um assunto de relevância para o País. A principal diferença entre eles é que o plebiscito é convocado antes da criação do ato legislativo. Já o referendo é realizado posteriormente, cabendo ao povo aceitar ou não a proposta.
“Convidarei todos para conversar”, garantiu a presidente
Ao comentar a movimentação da oposição, apoiada pelo líder do PMDB da Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), de criar uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suposto esquema de corrupção instalado na Petrobras, Dilma disse não temer a apuração, pelo contrário. “Quero que investigue doa a quem doer e vou fazer questão de que não fique pedra sobre pedra”, repetiu.
Dilma disse que definirá a condução da economia antes do fim de seu primeiro mandato, ou seja, até o final do ano. No entanto, evitou falar em nomes. A presidente admitiu que é importante sinalizar para cada setor produtivo o empenho do governo para que o país retome o crescimento econômico.
A presidente ainda ressaltou que o país ainda não é visto com desconfiança pelos investidores internacionais que, na sua avaliação, reconhece que o país tem fuindamentos econômicos fortes. “Hoje nós recebemos US$ 65 bilhões de dólares (em investimentos). Até agora, não temos esta sinalização (de crise) no futuro imediato”, disse Dilma.
“Todos descartam isso em 2014 e colocam isso para depois de 2015. Eu acho que temos toda condição de recuperar, nossos fundamentos são sólidos porque temos reservas temos uma situação equilibrada”, garantiu a presidente.
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