quinta-feira, 30/10/2014 - De: Cenários do Tocantins
Projeto que prevê a construção de moradias em terrenos doados pelo governo do Tocantins, no final de mandato, é motivo de desavença e desconfiança dos parlamentares de oposição na Assembléia Legislativa.
O novo projeto de autoria do executivo tocantinense, inclui a Terra Palmas, gera polêmica e discussão entre os deputados durante a sessão desta quarta-feira, 29, na AL.
Os parlamentares, oposicionistas, estranharam a apresentação de um projeto que fará a licitação de construção de casas para a próxima gestão, pois já não há tempo para que aconteça na gestão atual, que está nos últimos meses de mandato e deveriam estar arrumando a casa para repassar ao governador eleito Marcelo Miranda.
A urgência na aprovação da matéria e a forma como os parlamentares governistas tentaram conduzir a mesma, causou estranhesa entre os deputados da oposição. Segundo a deputada estadual Amália Santana (PT), alguns parlamentares da base governistas induziram os demais colegas para aprovar o projeto na Comissão de Finanças.
“Fomos induzidos a muita pressa e pressão ontem, e não adianta vir com faca no pescoço porque não vamos mais ceder. Descobrimos que não foi bem aquilo que nos foi passado”, disse Amália ao lembrar que recuou de pedir vista do processo.
Para tentar solucionar os impasses e descobrir o que realmente há por trás de tanta urgência na aprovação de tal matéria, os deputados oposicionistas decidiram fazer uma audiência pública convocando o presidente do Terra Palmas, Gláucio Barbosa, para discutir o projeto.
O deputado Sargento Aragão afirmou que a audiência será importante para esclarecer de fato e trazer à luz da razão e da transparência a intenção do governo em aprovar o projeto que não será executado em sua gestão, mas compromentendo a gestão de Marcelo Miranda. “Vamos fazer a audiência pública para abrir a caixa preta do Terra Palmas”, disse.
O presidente da Comissão de Finanças, o peemedebista José Augusto Pugliese também questionou. “No final de governo compete a quem perdeu entregar o que já foi feito e, não compete fazer licitação para fazer edificações e casas no apagar das luzes do governo”, disse.
Desconfiança
José Roberto Forzani do PT também disse estar desconfiado e procurou os movimentos sociais que foram beneficiados pelo Terra Palmas para discutir o assunto.
“Essa mudança é para tirar a autonomia dos movimentos para passar para as empreiteiras”, acusou. Ele chegou a dizer que a intenção do governo é tirar o que é do povo para passar para empresas. “Esse negócio não está cheirando bem”, disse. (Com informações do Conexão Tocantins/Foto:)
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