Militantes gays criam petição on line contra revogação do Plano LGBT no Tocantins; CONFIRA

22/09/2014 11h39 | Atualizado em: 23/09/2014 15h42 - De: JM Notícias

A petição pede a imediata publicação do Plano Estadual de Políticas Públicas LGBT

Foto: Reprodução/Internet(Site Avaaz.org)

Militantes gays criam petição contra revogação do Plano LGBT no Tocantins

Saiba Mais

• » Eli Borges condena portaria do estado que inclui a comunidade LGBT na elaboração e seleção de material didático-pedagógico utilizado nas escolas do Tocantins
• » Após pressão de líderes evangélicos, governo revoga portaria LGBT que impõe promoção do homossexualismo nas escolas do Tocantins; confira.
• » Jean Wyllys critica revogação do Plano LGBT no Tocantins e chama deputado Eli Borges de fundamentalista; confira
• » Eli Borges rebate criticas de Jean Wyllys e reafirma o compromisso de lutar pela família

Da Redação JM Notícia
Ricardo Costa

A revogação do Plano LGBT pelo governo do estado no dia 09 de setembro, agora é alvo de um abaixo-assinado  on line criado por militantes gays, utilizando o portal da ONG Avaaz.org, entidade internacional utilizada para mobilizações da sociedade em relação a assuntos polêmicos.

Após o manifesto realizado no último dia 16 em frente a Secretaria de Defesa Social do Estado (Seds), na Praça dos Girassóis, em Palmas, agora os militantes gays apelam para manifestação virtual a fim de pressionar o governo estadual pela republicação da portaria que permitiria a comunidade GLBT trabalhar na elaboração e seleção de material didático-pedagógico utilizado nas escolas do Tocantins.

A petição pede a imediata publicação do Plano Estadual de Políticas Públicas LGBT e foi criada pelo Coletivo de Lésbicas e Mulheres Bissexuais do Tocantins(LesbiToca) que é um dos grupos participantes da nota de repúdio emitida pela comunidade gay contra a revogação do plano.

O abaixo-assinado deverá ser entregue ao governo doestado e tinha, até o início dessa segunda-feira(29), cerca de pouco mais de 300 assinaturas. A meta estipulada no site é de 500 assinaturas.

ENTENDA O CASO

Por meio da portaria SEDS/TO Nº 645, DE 26 DE AGOSTO DE 2014, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 29 de agosto, o Governo do Estado do Tocantins, aprovou o Plano Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos - GLBT. De acordo com a portaria, revogada no dia 09 de setembro, a comunidade GLBT iria trabalhar na elaboração e seleção de material didático-pedagógico utilizado nas escolas do Tocantins.

O tema é polêmico, porque há famílias que não querem que os seus filhos tenham materiais com conteúdo voltado para a comunidade gay. O governo Federal tinha aprovado uma tal chamada cartilha gay nas escolas públicas de todo o país, o que gerou revolta instantânea na sociedade.

Após matéria do JM Notícia informando a publicação da portaria, houve pressão de líderes evangélicos sobre o governo questionando o por quê de outros segmentos não terem sidos consultados para elaboração do referido plano.

Depois de 10 dias aprovada e após muitos questionamentos, o Governo do Tocantins voltou atrás e revogou a portaria da SEDS/TO Nº 645, de 26 de agosto de 2014, publicada no Diário Oficial nº 4.203, de 29 de agosto de 2014, que aprovou o plano Estadual de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT.

A justificativa para a revogação, segundo a SEDS, foi a "necessidade de elaboração de portaria conjunta com outros órgãos estaduais relacionados com a temática"

JEAN WYLLYS ATACA, ELI BORGES REBATE

O ativista gay e deputado federal Jean Wyllys(PSOL-RJ) publicou uma série de tweets dias após a revogação do Plano LGBT onde dizia que o governo do estado tinha revogado a portaria após pressão de “fundamentalistas”, incluindo deputados.

Eli Borges(PROS-TO), deputado estadual tocantinense citado indiretamente pelo ativista Jean Wyllys rebateu as críticas e reafirmou sua posição na luta a favor das famílias tocantinenses.

ELI BORGES COMENTA

Ao JM Notícia, Eli Borges (PROS) afirmou que se for necessário, irá recolher 100 mil assinaturas em todo o estado para que a portaria não seja colocada em prática no Tocantins.