De: Primeira Página - 28/09/14 21h13
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Uma recente pesquisa da Universidade da Califórnia mostra que a nova geração de crianças superconectadas pode ter perdido uma habilidade muito importante: a identificação das emoções transmitidas pelo olhar e expressão facial.
O estudo comparou crianças de 11 e 12 anos que passam a semana num internato a crianças que passam, em média, cinco horas por dia conectadas em seus celulares. O resultado foi que os internos conseguiram identificar emoções em testes com fotos e trechos de filmes muito mais precisamente do que os superconectados. “Em uma geração na qual as expressões são definidas por dialetos digitais como “kkkk” e “snif”, é de se refletir sobre como essas crianças irão lidar com os desafios da vida adulta, com as suas emoções e com as emoções de quem está ao seu redor”, salienta Eduardo Shinyashiki, especialista em comportamento humano e no desenvolvimento das competências de liderança aplicada à administração e à educação. Eduardo explica que as crianças que estão perdendo o poder natural do ser humano de reconhecer as expressões, estão perdendo metade da sua comunicação. “Um dos sistemas de comunicação mais antigos do mundo é a linguagem não verbal.
Em uma mensagem, só 7% se dá por meio das palavras, 38% por tom de voz, ritmo e pausas e 55% por expressão corporal, ou seja, postura, olhar, mímica facial, gestos, expressões do rosto e movimentos do corpo”. Em uma infância na qual o acesso a tabletes e smartphones não tem limite, é importante prever o futuro dos pequenos conectados.
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