26/09/2014 - De: Boa Vista em Foco
A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou nesta sexta-feira (26) que o ministro José Eduardo Cardozo determinou ao diretor-geral da Policia Federal, Leandro Daiello Coimbra, “apuração rigorosa” sobre a atuação de agentes que abordaram o senador e candidato ao governo do Maranhão, Edison Lobão Filho
A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou nesta sexta-feira (26) que o ministro José Eduardo Cardozo determinou ao diretor-geral da Policia Federal, Leandro Daiello Coimbra, “apuração rigorosa” sobre a atuação de agentes que abordaram o senador e candidato ao governo do Maranhão, Edison Lobão Filho (PMDB). A abordagem policial, que revistou a aeronave, os veículos e a bagagem da comitiva do parlamentar maranhense, gerou protesto por parte da cúpula do PMDB, que classificou a ação como “intimidatória”.
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, divulgou nota nesta quinta-feira (25) para reclamar da ação dos policiais federais, que revistaram Edison Lobão Filho e sua comitiva no aeroporto de Imperatriz (MA)
Ainda conforme nota divulgada por Temer, os agentes – que estavam armados – teriam informado que faziam uma busca por recursos ilegais de campanha motivados por uma denúncia anônima.
Nesta quinta, o Blog do Camarotti já havia relatado que Cardozo, durante uma ligação telefônica, prometeu ao vice-presidente que iria apurar o incidente. Temer telefonou ao titular da Justiça, superior hierárquico do diretor-geral da PF, após tomar conhecimento do episódio pelo senador José Sarney (PMDB-AL) e pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pai do candidato do PMDB ao governo do Maranhão.
Cardozo determinou a investigação do ocorrido e cobrou resultado “o mais rapidamente possível”, conforme assessoria do Ministério da Justiça. Não há prazo para a conclusão das investigações. A Polícia Federal ainda não se pronunciou sobre o caso.
Em nota, a assessoria da campanha de Lobão Filho disse que a equipe da Polícia Federal abordou a comitiva “sem a devida documentação” e não apresentou explicações sobre a suposta denúncia que motivou a revista. “Questionados sobre a origem da operação, os policiais disseram que haviam recebido denúncia anônima, sem, contudo, especificar o teor da denúncia”, informou a nota.
Os advogados da coligação do candidato, “Pra Frente Maranhão”, apresentaram um pedido de esclarecimento à Policia Federal e entraram com representações junto ao Tribunal Regional Eleitoral e ao Tribunal Superior Eleitoral. Eles pedem que a justiça investigue o ocorrido e puna os responsáveis pelas eventuais condutas irregulares.
Associação de delegados
Nesta sexta-feira (26), a Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal comentou o caso e defendeu o delegado que chefiou a ação. "A repercussão dada ao episódio é própria e comum ao período eleitoral e em nada compromete a atuação eficiente e isenta do delegado de Polícia Federal", afirmou a associação no texto.
A nota diz ainda que a PF não intimida, mas também não se deixa intimidar. "No exercício de suas atribuições constitucionais a Polícia Federal, enquanto órgão de Estado, não persegue, não intimida, mas também não se deixa intimidar", diz a nota.
Secretário-Nacional de Justiça
A coligação de Lobão Filho também pediu investigação contra o secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, que teria gravado um vídeo em apoio a Flávio Dino (PCdoB), adversário do peemedebista na disputa pelo governo do Maranhão.
A campanha de Lobão afirma que a gravação ocorreu “aparentemente de dentro de seu gabinete” - a lei eleitoral proíbe uso de bens e imóveis públicos em benefício de candidatos. A coligação ainda alega que o vídeo foi gravado “horas antes da operação policial ser deflagrada em Imperatriz contra Lobão Filho e sua comitiva”.
Em nota, a assessoria do Ministério da Justiça informou que o depoimento foi concedido em “caráter pessoal” e gravado em 23 de setembro, fora do expediente de Paulo Abrão, em uma produtora privada contratada por Flávio Dino.
Paulo Abrão divergiu da edição do vídeo feita pela campanha, ainda conforme a nota, e proibiu sua utilização. “A veiculação do vídeo no programa eleitoral ocorreu, portanto, sem a sua autorização”, informou o ministério.
Fonte: g1
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