02 setembro 2014

Carro sem motorista chegará a 75% do mercado em 2035

Por Bárbara Ladeia - iG São Paulo | 02/09/2014 12:00 - Adaptado

Dentro de 20 anos, tecnologia para automação dos veículos deverá custar US$ 3 mil adicionais, segundo estudo da EY

Imagine você e seus amigos, em um carro a caminho de um restaurante. Você entra no veículo e, com um comando de voz, fala o endereço final e relaxa. O carro sai, para em todos os semáforos, respeita a própria pista, foge do trânsito e desvia de acidente sem levar nenhuma multa. Enquanto isso, você está lá sentado, trocando ideias com amigos, assistindo vídeos ou comparecendo a uma reunião de trabalho virtualmente. No volante... ninguém. 
Parece cena de filme de ficção científica, mas é uma realidade muito próxima segundo o estudo “Implantando Veículos Autônomos”, divulgado pela consultoria EY com exclusividade ao iG. Em 2035, o mercado de carros autônomos, sem motorista, deve responder por 75% das vendas de veículos em todo o mundo.
“Essas tecnologias já estão presentes em veículos de luxo de forma isolada”, afirma René Martinez, sócio de consultoria para a indústria automobilística da EY. Neste caso, Martinez está falando de freios automáticos, ferramentas de segurança, autoestacionamento, entre outros benefícios restritos a veículos mais caros. 
Divulgação
Ford Fusion Hybrid funciona sem motorista – tecnologia já é factível
Um dos maiores obstáculos à entrada desses produtos no mercado fica por conta da legislação. Ainda há perguntas não respondidas, por exemplo, sobre a responsabilidade dentro de um acidente. Sem motorista, quem poderá ser responsabilizado pela ocorrência? E os seguros, como vão medir o risco atribuído ao condutor?
“A questão hoje não é o desenvolvimento da tecnologia embarcada, mas os agentes externos”, diz Martinez. 
Atualmente, na Califórnia, nos Estados Unidos, e na Inglaterra formatos de legislação já vêm sendo discutidos. “O que falta para que a adaptação da cadeia produtiva aconteça é a mudança da legislação, dos seguros e dos serviços das prestadoras em telecomunicações”, aponta o executivo.

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