3 de fevereiro de 2016 - De Folha do Bico (Reprodução)
Vinte dias após a polícia ter achado o corpo do microempresário Pedro Ventura, já em avançado estado de decomposição e enterrado em cova rasa, a principal suspeita e ex-mulher de Pedro, Célia Teotônio, confessou o crime para a polícia. Segundo o delegado regional, Eduardo Galvão, ela contou detalhes do crime, e o relato coincide com as investigações da Polícia Civil.
Célia disse que matou Pedro Ventura a tiros dentro da casa do casal, depois procurou um dos irmãos para dá sumiço no corpo, retornou para a casa e queimou os vestígios do crime que estavam na residência, bem como limpou as marcas de sangue que ficaram no local. Depois, com o uso de reagente, a polícia encontrou vestígios de sangue na casa.
“Ela traz a informação de que matou ele nas dependências do quarto, no fundo casa, onde foi encontrada a maior quantidade de sangue. Afirma que ele foi morto com dois tiros na cabeça. As posições de onde foram feitos os disparos, que a gente chama de orifício de entrada, correspondem com o que ela verbalizou pra gente”, afirmou o delegado regional.
Ainda de acordo com o delegado, Célia dá detalhes da fraude processual como a cadeira onde ele tinha sido alvejado e a forma como a casa foi limpa. Na madrugada do dia em que Pedro sumiu, foram feitas fogueiras na casa, e várias testemunhas relatam isso.
“Segundo ela era o material sendo queimado, tanto a cadeiras que ele estava como os lençóis sujos de sangue e outros pertences. Em seguida, ela disse que vai em busca do irmão dela, o Laércio, mas não encontra ele.
Daniel se prontifica a ajudá-la. Eles vão até a residência, segue as duas caminhonetes juntas. A caminhonete dele fica em um posto e eles seguem na caminhonete que aparece nas filmagens toda fechada. Ele pega o corpo e, a partir daí, ele sai com o corpo, ela e o filho do casal até as proximidades
do municípios de Amarante”, relata o delegado.
Eduardo Galvão disse que Célia desceu no local onde o irmão dela ia deixar o corpo e foi até onde ele foi enterrado. Segundo o delegado, ela só não viu o corpo sendo enterrado, mas até o local ela sabia precisar. Daniel Teotônio, que é irmão de Célia, também confessou a participação no crime e, para a polícia, os relatos dele coincidem com os fatos apurados na investigação.
“A confissão dos dois realmente se encaixam, a única questão é que eles retiram o Laércio da cena do crime, das circunstâncias do crime. Mas os relatos se encaixam, ela no homicídio, na ocultação e na fraude processual. Ele na ocultação e na fraude processual”, finaliza Eduardo Galvão.
Célia e os dois irmãos estão presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
Depois de quase cinco meses desaparecido, o corpo do microempresário Pedro Ventura foi achado no fim da tarde da quarta-feira (13) no povoado Saramandaia, às margens da MA-122, no município de Buritirana. O corpo, já em avançado estado de decomposição, foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), em Imperatriz, na quinta-feira (14), e reconhecido pela família. (iMirante)
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