17 fevereiro 2016

Procuradores do Brasil e de cinco países firmam acordo para investigar FIFA

16/02/2016 Carlos Eduardo - de O Cafezinho (Reprodução)
Nós? Corruptos? (charge: Jon Horner)

no portal Jota

Os representantes de ministérios públicos de seis países, incluindo o Brasil, firmaram um acordo de cooperação para investigar as suspeitas de corrupção na FIFA, investigadas originalmente pelas autoridades americanas.

Representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai e Peru, reunidos na cidade de Guayaquil (Equador), assinaram na segunda-feira (15) o acordo de cooperação.

Conforme a ata da reunião, as autoridades dos seis países “assumiram o compromisso de levar a cabo todas as formas de cooperação” para investigar as suspeitas que envolvem a FIFA “em todas as jurisdições”.

O documento ainda consigna que “os participantes desta reunião consideram que os delitos envolvidos nos processos judiciais em cada um dos países foram cometidos presumivelmente por organizações criminais transnacionais”.

Em comunicado remetido à procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, o Ministério Público do equador informou que os seis países firmaram um acordo com para “trocar informações para enriquecer os processos judiciais que tramitam nos países envolvidos, assim como avaliar a possibilidade de estabelecer investigações conjuntas”.

De acordo com autoridades brasileiras, Bolívia e Equador já enviaram ao Brasil pedidos de informação, por exemplo, sobre suspeitas que envolvem as federações de futebol, como a CONMEBOL. E o Ministério Público brasileiro deve também solicitar dados de outros países para aprofundar as investigações.

Nesta terça-feira, já como resultado desse acordo de cooperação, seria ouvido nesta terça-feira o depoimento do vice-presidente da FIFA, Eugenio Figueiredo, por meio de videoconferência. Figueiredo está preso no Uruguai.

Em outubro do ano passado, deflagrada a investigação, a polícia da Suíça prendeu nove dirigentes da FIFA a pedido da Justiça dos Estados Unidos. Dentre os presos estava o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.

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