Armadilhas de garrafas pet serão utilizadas no combate ao Aedes aegypti em Araguaína

A partir de segunda-feira, internos da Comunidade Terapêutica participarão de uma oficina para confeccionar as armadilhas

Em 09/01/2016 19:41 - De Jornal do Tocantins (Reprodução)

Mara Santos

Araguaína – Correspondente

Armadilhas produzidas com garrafas pet serão utilizadas no combate ao mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, em Araguaína. A partir de segunda-feira, os internos da Comunidade Terapêutica Vida Nova, participarão de uma oficina onde aprenderão a confeccionar as armadilhas, conhecidas como mosquitéricas,que serão distribuídas à comunidade pelos agentes de endemias, que também orientarão sobre o seu uso.

A invenção da equipe do professor Maulori Cabral, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é de fácil montagem e, além de contribuir para a diminuição dos insetos, ajuda a dar um destino para garrafas que poderiam poluir o meio ambiente.

Na primeira etapa do projeto, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, cerca de cinco mil garrafas pet serão recolhidas junto à comunidade e a empresas para a confecção das armadilhas. Com a continuidade, o projeto deve se expandir e as oficinas serão ministradas nas escolas da Rede Pública Municipal. A expectativa é de que 50 mil armadilhas sejam produzidas durante a execução do projeto.

Como fazer a mosquitérica:

Material:

- 01 garrafa pet

- Fita isolante

- Um pedacinho de microtule

- Uma lixa para madeira

- Tesoura

- Grãos de alpiste, arroz ou ração para gato

Construção:

- corte a garrafa em duas partes: uma delas vira um copo e a outra, um funil;

- lixe a parte interna do funil, para torná-la áspera;

- prenda o microtule sobre a boca da garrafa, usando o anel de vedação da própria garrafa;

- encha o copo com água e coloque os grãos ou a ração no fundo;

- coloque o funil dentro do copo e prenda os dois com fita isolante;

- o nível de água deve chegar, inicialmente, até a metade do funil.

A mosquitérica deve ser colocada na sombra – a fêmea do mosquito prefere ambientes menos claros para colocar os ovos. Como a parte interna do funil foi lixada e ficou áspera, a água evapora com mais facilidade, atraindo o mosquito, que também encontrará na garrafa alimento para suas futuras larvas – para isso que servem os grãos ou bolinha de ração. É necessário ir completando a armadilha com água, até que os ovos se transformem em larvas. Famintas, elas nadam até o fundo do copo, atravessando o tecido de microtule, só que crescem e não conseguem voltar, morrendo por fim. A medida elimina mosquitos, larvas e ovos.