25 novembro 2015

PF prende em Caxias (MA) suspeitos por desviar R$ 11 milhões da Previdência

Em: 24/11/2015 - 09:55 - De Jornal Pequeno (Reprodução)

Reprodução/Web
PF prende em Caxias (MA) suspeitos por desviar R$ 11 milhões da Previdência
Equipes da delegacia da Polícia Federal (PF) de Caxias (a 360 quilômetros de São Luís), ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e Previdência Social (MPS) e Ministério Público Federal (MPF), além de órgãos que integram a Força-Tarefa Previdenciária, deflagraram, na manhã de hoje (24), a Operação Quilópode, de repressão a crimes previdenciários no Maranhão. Segundo a PF, o prejuízo inicial é de R$ 11 milhões. Os nomes dos suspeitos presos e conduzidos não foram divulgados pela PF.

Os policiais saíram às ruas para cumprir 10 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e 5 de condução coercitiva, além do sequestro e arresto de bens e valores, nas cidades de Caxias, Codó, Vargem Grande, Presidente Dutra, Barreirinhas, Paço do Lumiar e São Luís e Teresina (PI).
Entre os mandados judiciais, está o que determina que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspenda o pagamento de 288 benefícios assistenciais com graves indícios de fraude, submetendo-os a procedimento de auditoria.
A operação conta com a participação de 100 policiais federais e 5 servidores da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos (APEGR), vinculada ao Ministério da Previdência Social.
Esquema
As investigações tiveram início em 2012, quando foi identificado o esquema criminoso em que são falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios de amparo social ao idoso, cujos titulares eram pessoas fictícias criadas pela associação criminosa para possibilitar a fraude.
De acordo com a PF, a organização criminosa atuava desde 2010 e contava, ainda, com a participação de um servidor do INSS responsável pela concessão e atualização dos benefícios, além de funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, que atuavam na abertura de contas correntes, na realização de prova de vida, na renovação de senhas bancárias e na efetivação de empréstimos consignados.
O nome da operação (Quilópode) faz referência a uma palavra de origem grega que significa “aquela que tem mil patas”, em alusão ao esquema criminoso que apresentou grande ramificação e envolvimento de órgãos públicos federais e instituições financeiras.

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