O governo do Estado de São Paulo pretende gastar R$ 9 milhões até o término da campanha publicitária que está veiculando na televisão sobre o projeto de reorganização escolar. O valor foi confirmado pela assessoria de imprensa da gestão Geraldo Alckmin (PSDB). O filme foi ao ar após uma série de protestos contra a medida.
"É uma campanha de utilidade pública em que se informam as bases do processo de reorganização, procedimentos a pais e alunos e respostas a perguntas mais frequentes das comunidades escolares", afirma o governo.
Com o valor, seria possível pagar o salário mensal de quase 4 mil professores dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do ensino médio com jornada de 40 horas semanais, considerando a remuneração de R$ 2.415,89 (sem encargos) em 2014.
Segundo a assessoria de imprensa do governo, a campanha foi inicialmente veiculada na TV aberta em horários estabelecidos por critérios técnicos e com o propósito de atingir o público-alvo, pais, alunos e comunidade escolar.
Escolas ocupadas
Desde o começo de outubro, estudantes, professores e pais fizeram manifestações contra a reorganização escolar que o governo do Estado pretende implementar no ano de 2016. O projeto prevê mais 360 escolas de segmento único, ou seja, as unidades terão só alunos dos anos iniciais do fundamental, finais ou do ensino médio.
Nesse período, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) divulgou uma lista com 155 escolas que poderiam ser fechadas. A Secretaria de Educação chegou a dizer que "fechamento de escolas é boato", mas que algumas unidades seriam "disponibilizadas" para outras finalidades de ensino, como creches e Etecs. No final de outubro, foi anunciado que 94 escolas seriam "disponibilizadas".
Ao final da reestruturação, 1 milhão de alunos serão atingidos -- no total, a rede tem cerca de 5,3 mil escolas e mais de 4 milhões de alunos segundo o site da Secretaria.
Na semana do dia 9 de novembro, os estudantes começaram a ocupar as escolas que passarão pela reestruturação. As primeiras foram a E.E. Diadema, na região metropolitana, e a E.E. Fernão Dias, na zona oeste da capital paulista. Agora, mais de cem escolas em todo o Estado estão ocupadas por alunos e entidades.
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