Segundo a empresa, há um time dedicado a analisar e responder todas as denúncias, que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, em mais de 20 línguas para analisar essas questões
De: 20/03/2015 18:44 Atualização: 20/03/2015 18:37 - De O Imparcial (Reprodução)
Mesmo com a atualização na última semana das regras de comunidade do Facebook – que explicita com mais detalhes o que significa "discurso de ódio", por exemplo – alguns usuários ainda reclamam de problemas na eficiência da avaliação das denúncias. A mensagem "analisamos a publicação denunciada por você e constatamos que ela não viola nossos Padrões de Comunidade" é uma das respostas mais recorrentes e é enviada minutos após a reclamação e sem nenhum tipo de justificativa. "Acho que eles nem se dão ao trabalho de ler", reclama Vitória Santos, 21 anos.
A universitária Bruna Serafini, 20, diz já ter delatado três páginas com discurso de ódio e em todos os casos recebeu a conhecida mensagem. "Fiquei irritada porque pode influenciar outras pessoas e causar problemas", contou Bruna, que chegou a salvar a imagem de uma das publicações, postada em dezembro do ano passado.
O Facebook já tem alguns casos conhecidos de publicações que propagavam mensagens de ódio. No começo deste mês, a rede social tirou do ar uma página com mais de 26 mil curtidas com o nome “Senzala Maneira”, que apresentava teor racista, sexista e apologia ao crime. A página tinha postagens que pediam a legalização do estupro e um anúncio de venda de uma criança africana. Também faziam piada com o fato da página sempre ser removida e refeita.
Outro caso famoso é a página “Eu não mereço mulher preta”, que já caiu várias vezes por denúncia dos usuários. O criador até já foi identificado como Gustavo Guerra Rizzotto, morador da cidade de Caxias do Sul no Rio Grande do Sul, e que também tinha um canal com conteúdo de ódio no Youtube.
Segundo publicação da Rádio Caxias, Gustavo foi indiciado e o processo encaminhado ao Ministério Público, que investiga as declarações de incitação ao racismo, pedofilia e estupro. Em fevereiro deste ano, no entanto, a página voltou ao ar e, mais uma vez, foi retirada. O canal dele, que existia há cerca de um ano, foi removido do Youtube na última semana.
O Facebook solicita, em nota enviada ao Correio, que os usuários reportem conteúdos que violem os padrões da comunidade sempre que os virem, independentemente da hora, para que assim possam tomar as medidas apropriadas o mais rápido possível. "Temos um time dedicado a analisar e responder todas as denúncias, que trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, em mais de 20 línguas". O site declara que faz o possível para criar um ambiente apropriado para os usuários. "Foi por isso que atualizamos esta semana os nossos Padrões da Comunidade, que determina o que pode e não pode ser feito na plataforma", explica a nota.
Nas novas regras que preveem os Padrões de Comunidade do Facebook é declarado que as pessoas são autorizadas a usar o Facebook para desafiar ideias, instituições e práticas. "Essas discussões podem promover o debate e um grande entendimento." Nos termos da rede ainda consta que, quando o usuário compartilha uma mensagem de ódio com o objeitivo de conscientizar e educar sobre aquele discurso, é indicado que essa intenção seja totalmente clara, de modo que não haja confusão na hora de possíveis avaliações.
Se caso o Facebook não remover o conteúdo que o usuário acredita ser impróprio, auma das soluções é fazer uma denúncia pelo site da Polícia Federal. Dessa forma, o culpado pode ser identificado e punido judicialmente, em vez de só ter o conteúdo removido.
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